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- RETORNO FINANCEIRO E RISCO EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS: o risco empresarial total pode ser considerado como o risco de falência ou insolvência, lembrando que aqui não estamos nos preocupando com os conceitos clássicos do direito e da contabilidade. Ainda, adotamos a premissa de que a competitividade é diretamente inversa ao risco, ou seja, existe uma correlação inversa entre estas variáveis, na medida em que quanto maior a competitividade, menor será o risco de insolvência. Portanto, conhecendo uma destas variáveis, conheceremos ambas. As variáveis representativas de processos são controladas por indicadores de desempenho (itens de controle e de verificação). Um processo para ser controlado deve ser medido e comparado com referenciais (benchmarking). Os laboratórios são formados por um conjunto de processos, sendo que o macro processo pode ser traduzido pela produtividade, que é um conceito de eficiência, relacionando resultados e recursos (em termos econômicos, receitas e custos). A competitividade é a consequência da maior ou menor produtividade dentre as organizações. Pelas fórmulas de regressão pode-se facilmente evidenciar que os indicadores da “Margem de segurança”, “Margem líquida de lucro” e do “Dia em que o ponto de equilíbrio é atingido”, são indicadores pertinentes para avaliar adequadamente as relações entre saídas e entradas (outputs e inputs), ou entre resultados e recursos, portanto, indicadores adequados para a competitividade e o risco. Finalmente, tendo sido mensurado e comparado o risco de insolvência (risco empresarial total) dos laboratórios e, sabendo a Margem média de lucro destas empresas, cabe ao leitor comparar estes parâmetros com qualquer outro tipo de investimento existente no mercado, possibilitando a análise do custo de oportunidade e concluir se laboratórios de análises clínicas são boas oportunidades de investimentos, considerando a atual conjuntura.

*Humberto Façanha da Costa Filho – professor e engenheiro, atualmente é diretor da Unidos Consultoria e Treinamento e do Laboratório Unidos de Passo Fundo/RS, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.
Para leitura completa do artigo, acesse NEWSLAB ED. 154.