A Thermo Fisher Scientific, líder mundial à serviço da ciência, confirmou que seu teste TaqPath COVID-19 CE-IVD RT-PCR Kit, baseado na reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizado amplamente na detecção do vírus SARS-CoV-2, não tem sua eficiência comprometida pela nova variante de preocupação B.1.1.529, a variante Omicron, conservando a precisão técnica dos resultados de COVID-19 realizados com estes testes.
A variante Omicron, que teve seu status elevado à “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem mais de 30 mutações somente na proteína S (de spike). A OMS relatou que as evidências preliminares sugerem um risco aumentado de transmissão em comparação com outras variantes de preocupação. Estas informações estão levando a novas restrições de viagens e também estimulando pesquisas para verificar o real impacto da nova variante na eficácia das vacinas e nos testes existentes. Tanto a OMS quanto os Centros Europeus de Controle de Doenças já relataram que se valeram dessa característica específica de alguns testes de PCR chamada de “falha do gene S” ou “Dropout do Gene S” que ajudou na rápida identificação da variante Omicron. Esse teste é o TaqPath COVID-19 da Thermo Fisher Scientific.
Isso revela que os testes com esta peculiaridade técnica podem servir como uma ferramenta útil na detecção imediata da nova variante, mesmo que ainda dependa de uma confirmação por sequenciamento do genoma viral. Os casos da nova variante foram identificados pela primeira vez na África do Sul, mas agora seguem sendo relatados em pelo menos mais uma dúzia de países ao redor do mundo.
Os ensaios TaqPath COVID-19 foram projetados para detectar infecções por SARS-CoV-2 identificando três genes alvos das regiões do vírus: orf1a/b, S e N do vírus. Esta abordagem de múltiplos genes permite que o teste forneça resultados com maior precisão, mesmo no caso em que um dos alvos seja afetado por alguma eventual mutação. É esse o caso da variante Omicron. Por conter muitas mutações no gene S, esse alvo acaba sendo impactado, ocorrendo a chamada “falha do gene S”. No entanto, os demais alvos gênicos orf1a/b e N dos testes TaqPath COVID-19 não são afetados por nenhuma das mutações presentes na variante Omicron, conforme relatado na avaliação de sequências no banco de dados público GISAID. Com isso, a precisão geral dos testes TaqPath COVID-19 segue inalterada.
Em maiores detalhes, foi descoberto que a variante Omicron possui a mutação 69-70del do gene S, identificada pela primeira vez como sendo uma mutação da variante alfa. Esta mutação, então, ocasiona o chamado “dropout ou falha do gene S” nos resultados do teste TaqPath, o que pode sugerir aos pesquisadores e profissionais da saúde que a infecção em questão possa ser um novo caso da variante do Omicron, permitindo uma triagem inicial da nova variante. A confirmação final deve então ser realizada sequenciando a amostra ou através de genotipagem com ensaios de mutação específicos para a Omicron. continua…
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