Pesquisa e desenvolvimento são as apostas da Roche para aprimorar cada vez mais as práticas atuais de diagnóstico. Em 2017, a empresa lançou sete novos produtos
Por Daniella Pina
A inovação está no DNA do Grupo Roche no Brasil e norteia o trabalho da empresa. Em 2017, a Divisão Diagnóstica lançou sete produtos inovadores em diferentes áreas, tendo como ponto em comum o objetivo de melhorar as práticas atuais de diagnóstico, beneficiando não apenas profissionais e instituições de saúde, mas principalmente pacientes e suas famílias.
Segundo a diretora de Marketing da Roche Diagnóstica, Ana Grubba, esse alto investimento em inovação parte da premissa de que 70% das decisões clínicas são influenciadas por testes de diagnóstico¹. “Doing Now What Patients Need Next é o propósito do Grupo Roche, a razão da nossa existência, e resume nosso compromisso em nos anteciparmos às necessidades médicas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Lançar sete produtos inovadores em um ano é apenas a nossa forma de fazer isso e também resultado de um alto investimento em pesquisa e desenvolvimento”, afirma.
Todos os anos, aproximadamente 20% do faturamento do Grupo Roche é investido em pesquisa e desenvolvimento². “Isso mostra o comprometimento da empresa em oferecer um portfólio que efetivamente melhore a tomada de conduta na área de saúde e favoreça o aumento da eficiência dos laboratórios”, acrescenta a diretora de Marketing. Ela cita o lançamento do cobas e 801, considerado a grande inovação da Roche em 2017 [saiba mais na reportagem Fazendo a Diferença, da edição de agosto/setembro da Roche News].
O módulo é capaz de duplicar a capacidade de realização de testes de imunologia disponível atualmente no mercado³. Com mais 95 ensaios de imunologia, o sistema requer baixo volume de amostra, além de um tempo de reação de 18 minutos para testes de rotina e nove minutos para testes de emergência. “Essas características beneficiam os pacientes, fornecendo resultados rápidos e precisos para suportar as decisões médicas e, consequentemente, o melhor tratamento. ”
cobas e 801
- Módulo de imunologia com alta capacidade de processamento utilizando o mesmo espaço físico;
- Carga contínua de reagentes durante a operação;
- Ganho de eficiência com reagentes 100% prontos para uso;
- Mais de 150 configurações possíveis que favorecem a expansão do laboratório;
- “Verde” no conceito: redução de resíduos líquidos e sólidos com e-pack Green;
- Parte da série de analisadores modulares cobas® 8000, que oferece mais de 450 possibilidades de configurações.
Soluções de coagulação
Atenta às necessidades do mercado de coagulação e com o objetivo de oferecer soluções completas para laboratórios, a Roche lançou em 2017 o cobas t 411, dedicado a exames de coagulação laboratorial, e o CoaguChek® Pro II, um menu de coagulação PoC para emergências em hospitais.
cobas t 411
- Primeiro lançamento dentro de uma nova família de soluções para diferentes volumes e necessidades;
- Throughput de até 140 testes por hora, ideal para laboratórios, unidades satélites e hospitais de pequeno a médio volume;
- Cobertura de 80% da necessidade dos pacientes por meio de um menu completo de rotina;
- Alta capacidade e carregamento contínuo para amostras e reagentes, otimizando os recursos e fluxo de trabalho.
Em serviços de alta complexidade como o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP), o grande volume de testes de coagulação é voltado para estudos pré-operatórios, na triagem de pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos.
O hematologista e patologista clínico João Carlos de Campos Guerra é responsável pelo Setor de Coagulação do Albert Einstein. Ele explica que o Hospital utiliza um protocolo institucional que estabelece o uso de plataformas de testes laboratoriais remotos – conhecidas como Point of Care (PoC). Esses testes dão suporte aos médicos para que tenham uma conduta adequada diante de pacientes na Emergência ou UTI. “Geralmente, o paciente apresenta um sangramento grave e é preciso saber se ele possui alguma alteração de plaquetas ou fatores de coagulação. Com um volume mínimo de sangue, esses testes oferecem informações muito rápidas com boa sensibilidade e especificidade”, diz.
Segundo o hematologista, a utilização dessas plataformas é uma tendência mundial que tem sido cada vez mais incorporada por serviços de alta complexidade. “Conseguir tratar um paciente grave de maneira eficiente desde o início reduz os riscos de morte e intercorrências associadas. Assim, ele permanecerá menos tempo na UTI, com menos risco para processos infecciosos e necessidade de procedimentos invasivos. Além disso, há uma evidente racionalização no uso de hemocomponentes e hemoderivados, com consequente recuperação precoce e menos sequelas. O grande objetivo do uso dessas ferramentas é, portanto, aumentar a segurança do paciente, melhorar a prática assistencial e reduzir custos hospitalares.”
CoaguChek® Pro II
- Testes de coagulação em até cinco minutos;
- Suporte para decisões críticas nas Emergências, UTIs e centros cirúrgicos;
- Melhor fluxo de atendimento ao paciente com menor tempo de atendimento total (TAT);
- Conexão wi-fi: rastreabilidade e conectividade com o sistema de informação laboratorial e hospitalar (LIS/HIS);
- Portabilidade e mobilidade para diferentes áreas do hospital.
Consolidação da hemoglobina glicada
Confiança é a palavra de ordem quando o assunto é diagnóstico. Diante da crescente incidência do diabetes, testes como a hemoglobina glicada (HbA1c) têm ganhado cada vez mais protagonismo no diagnóstico e monitoramento da doença. Em 2017, a Roche lançou o cobas c 513, um sistema que estabelece um novo precedente em eficiência laboratorial para testes de HbA1c.
A International Diabetes Federation (IDF)⁴ estima que hoje 14 milhões de brasileiros tenham diabetes, embora apenas a metade deles tenha conhecimento disso. “O parâmetro de hemoglobina glicada foi, definitivamente, uma conquista da medicina laboratorial, tanto pelo desenvolvimento do método em si quanto por sua perfeita utilização no conjunto de recursos disponíveis para um diagnóstico bem acertado do diabetes”, afirma o endocrinologista clínico e coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim da Unifesp, Dr. Augusto Pimazoni-Netto.
A hemoglobina glicada reflete o índice médio dos níveis glicêmicos do paciente nos últimos três meses, auxiliando a tomada de conduta por parte das equipes médicas. “O nível de hemoglobina glicada acima de 7% indica que uma grande quantidade de glicose já está se ligando às moléculas de hemoglobina do sangue, levando ao aparecimento de complicações crônicas do diabetes. O teste de HbA1c reflete retroativamente como está a glicemia média desse paciente, ajudando a definir as melhores condutas”, explica o especialista. Ele destaca ainda a importância de o método escolhido para avaliação da glicemia ser aprovado pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), instituição que controla a qualidade de kits laboratoriais comercializados em todo o mundo. “Ter essa aprovação é a informação de maior relevância para que o médico possa confiar na qualidade, precisão e sensibilidade desse kit”, conclui.
cobas c 513
- Padronização conforme a IFCC e certificado pelo NGSP;
- Redução de custos com gestão de estoque, reagentes e manutenções no laboratório;
- Menor necessidade de espaço no laboratório para grandes rotinas de HbA1c;
- Aumento da segurança do profissional do laboratório, utilizando tubo primário com tampa.
Novidades em biologia molecular
A automatização tem promovido uma mudança de paradigma para os testes de diagnóstico in vitro, em um setor tradicionalmente manual. “Com a chegada da automação completa e integrada ao sistema de informação laboratorial (SIL), esse setor atinge sua maioridade e cada vez mais se assemelha às áreas de imunologia e bioquímica. A Roche é pioneira em automatizar os métodos próprios de biologia molecular⁵, pois claramente enxerga a importância de oferecer mais segurança para pacientes”, avalia o coordenador de pesquisas do Sabin Medicina Diagnóstica, Gustavo Barra.
Com sede em Brasília (DF), o Sabin utiliza o sistema FLOW clássico desde dezembro de 2016, e, desde julho de 2017, está em processo de validação do primeiro cobas® 6800 do País. De acordo com o coordenador de pesquisas do Sabin, o FLOW automatiza a produção dos exames moleculares próprios de grande demanda, como a detecção de variantes genéticas clinicamente relevantes e sexagem fetal. Além disso, o equipamento torna o grupo apto a processar um grande volume de amostras em decorrência de surtos virais, como ocorrido durante as epidemias de zika, dengue e chikungunya, em 2016. “A solução FLOW automatiza a execução, o controle de qualidade e a rastreabilidade dos exames moleculares próprios, e seu impacto na rotina de trabalho dos testes moleculares próprios foi impressionante”, afirma.
Segundo a bioquímica e coordenadora do Setor de Biologia Molecular do Sabin, Lara Velasco, a chegada do cobas® 6800 suportará a crescente demanda por exames moleculares de doenças infecciosas, como a quantificação dos vírus HIV, HCV e CMV. O equipamento é capaz de realizar em apenas três horas uma rotina que anteriormente consumia 12 horas contínuas, sem a perda de reagentes e gasto excessivo de consumíveis. “Assim, independentemente do tipo de exame – próprio ou comercial –, esses equipamentos permitem à área de Biologia Molecular do Sabin processar grandes demandas. Para um setor tradicionalmente manual, essa é uma mudança de paradigma”, diz.
FLOW
- Total automatização da manipulação das amostras e preparação para PCR;
- Adaptável às necessidades laboratoriais com máxima flexibilidade;
- Melhor fluxo de trabalho em laboratórios que utilizam LDT*;
- Aumento da capacidade de internalização de novos parâmetros, principalmente em casos de doenças emergentes;
- Melhora da produtividade e garantia da rastreabilidade completa de dados e informações, reduzindo a possibilidade de erros operacionais.
*Testes desenvolvidos pelo laboratório.
cobas® 6800/8800
- Automação completa de todas as etapas de preparação da amostra, PCR em tempo real e análise de resultados;
- Possibilidade de posicionamentos no Corelab, conectados a uma solução cobas® connection module (CCM);
- Portfólio inclui testes para linhas de virologia (HIV, HCV, HBV, CMV), microbiologia (CT/NG) e banco de sangue, além de protocolo de extração genérica e canal aberto para PCR em tempo real;
- Menor tempo para a liberação de resultados;
- Melhora do fluxo de trabalho operacional.
Diagnóstico de tecidos
Assim como a biologia molecular, a anatomia patológica sempre foi conhecida como uma área tradicionalmente manual. Essa percepção, porém, tem mudado ao longo dos anos, e os setores de processamento de amostra e colorações primárias e secundárias têm demonstrado grande avanço na automatização do processo. Em 2017, a Roche lançou o HE 600, uma plataforma totalmente automatizada de coloração hematoxilina-eosina (H&E) para biópsia.
De acordo com a coordenadora médica do Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Sírio-Libanês, Dra. Renata Coudry, a coloração automatizada e individual tem o poder de evitar a possibilidade de contaminação cruzada do material. “Esse é um aspecto que proporciona segurança ao processo e, consequentemente, ao paciente. Um estudo realizado por Hunt⁶, que avaliou a ocorrência de contaminação cruzada, demonstrou que 0,6% a 3% das lâminas apresentavam esse tipo de ocorrência. Esse evento pode acontecer no momento da macroscopia, quando está sendo realizada a inclusão do material ou durante o processo de coloração”, explica Renata.
A anatomia patológica tem papel relevante no cuidado do paciente, pois, quando associada à clínica, define o diagnóstico da doença. “Esse diagnóstico deve ser preciso e conter o maior número de informações para que o cuidado do paciente seja efetivo por parte de clínicos e cirurgiões. Para isso, é fundamental a padronização de produtos e processos que tenham como objetivo máximo a melhor prática laboratorial para maior segurança do paciente”, destaca a coordenadora médica.
Ventana® HE 600
- Automação que melhora o fluxo de trabalho;
- Confiança diagnóstica devido a colorações consistentes e de alta qualidade;
- Segurança para os profissionais dos laboratórios e para o meio ambiente sem utilização de reagentes nocivos;
- Coloração individual de lâminas que reduz o risco de contaminação cruzada.
Investimentos futuros
Com foco no crescimento sustentável e na entrega de valor aos seus clientes, a Roche pretende manter os investimentos e o compromisso com a inovação, a fim de que um maior número de pessoas tenha acesso a tratamentos para a saúde. “Acreditamos que a inovação tecnológica e científica, a transparência das relações com um programa de compliance bem estruturado e o planejamento voltado para a valorização da saúde e das pessoas sejam os fatores que continuarão impulsionando nosso crescimento nos próximos anos”, afirma a diretora de Marketing da Roche Diagnóstica.
De acordo com Ana Grubba, a empresa continuará investindo na ampliação do acesso a exames de alto valor médico, como o teste de biomarcadores para pré-eclâmpsia, o teste PCR do vírus HPV para o rastreio do câncer de colo do útero e a biópsia líquida para o monitoramento de pacientes com câncer de pulmão. “Além disso, entramos recentemente no mercado de coagulação laboratorial e continuaremos a investir nas soluções Point of Care, em que os exames são realizados no lugar onde está o paciente, a fim de promover rapidez cada vez maior no diagnóstico de diversas doenças”, conclui.
Referências
- Relatório de Sustentabilidade Roche 2016.
- Relatório de Sustentabilidade Roche 2016.
- Package inserts, 2014 data (bula).
- IDF Diabetes Atlas – Seventh Edition 2015.
- Catálogo de produtos soluções moleculares
- Hunt J, Adv Anat Pathol 2008;15:211–217.
Nº de Registro ANVISA: 10287411201, 10287411141, 10287411083, 10287411192 e 10287411196
©2017 Roche – Agosto/2017 – Código: ERDL1047
COBAS, COBAS C, COBAS E, COBAS T e COAGUCHEK são marcas registradas da Roche.
Roche Diagnóstica Brasil Ltda.
Av. Engenheiro Billings, 1729 – prédio 38
São Paulo, SP, 05321-010 – Brasil
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