Diferentes tecnologias vacinais foram e ainda são desenvolvidas, sendo frequentemente atualizadas para proteger a população mundial de infecções que antes eram devastadoras. O que conhecíamos como pandemias hoje são apenas casos isolados ou até mesmo doenças erradicadas graças à vacinação.
A eficácia vacinal pode ser influenciada por diversos fatores, como escolha de metodologia, de antígenos, formulação vacinal e dose. Uma vacina eficaz precisa envolver categorias de resposta imune, sendo as mais importantes as imunidades inata e adaptativa. A Citometria de Fluxo pode oferecer resultados clínicos dessas respostas imunes de indivíduos que foram vacinados, sendo uma valiosa ferramenta analítica durante o desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes.
Imunofenotipagem
Monitorar a frequência de diferentes populações de células imunes e o status de diferenciação e ativação de subconjuntos específicos (por exemplo, monócitos, células NK-T, células NK, células T CD4+ e T CD8+, T-regs, células T γδ, células B, etc) é essencial para compreensão da imunogenicidade e eficácia de uma vacina.
Após a exposição à vacina, as células T “virgens” (naïve) (CD45RO) diferenciam-se em células de memória central (CD45RA, CCR7) nos tecidos linfoides e células de memória efetora (CD45RA, CD62L) nos tecidos periféricos. Exemplos de células T de memória que fornecem imunidade induzida por vacina são numerosos, mas a duração dessa memória pode variar consideravelmente entre as vacinas.
O monitoramento de marcadores de ativação (por exemplo, HLA-DR, CD38, Ki-67, BcL-2) em diferentes populações de células do sistema imune pode fornecer informações importantes sobre a resposta imune à vacinação e fornecer perfis clínicos para a estratificação de pacientes e a determinação dos requisitos de doses de reforço.
Quantificação de células T específicas
A quantificação de células T específicas para o antígeno vacinal é um parâmetro importante na avaliação da eficácia da vacina. O estabelecimento da imunidade celular e da memória contra o antígeno vacinal é determinado através da análise de perfis de células T específicas (TCD4, TCD8, memória central e memória efetora, dentre outras).
Os métodos mais recentes para esta avaliação empregam tetrâmeros – estruturas sintéticas feitas de moléculas HLA ligadas entre si para formar um complexo multimérico que apresenta peptídeos antigênicos ao sistema imunológico.
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