Resumo: A transfusão de sangue é uma importante intervenção terapêutica, altamente modernizada, complexa, frequente em vários setores hospitalares e capaz de salvar vidas. Entretanto, mesmo com altos padrões de qualidade, existem complicações que podem resultar em algumas reações transfusionais, como febre ou uma breve reação hemolítica nos casos mais simples. Dentre os diversos produtos originados do sangue total, existem aqueles chamados desleucocitados. São concentrados de hemácias e plaquetas que passam pelo processo de remoção dos leucócitos. Segundo estudos, a leucorredução aumenta a sobrevida dos pacientes, minimiza as reações transfusionais, diminui a morbidade e mortalidade. O uso de hemocomponentes desleucocitados pode trazer ainda outros benefícios, como prevenir a reação transfusional febril não hemolítica, a aloimunização pelo antígeno leucocitário humano (HLA -human lucocyte antigen) além de reduzir a transmissão de citomegalovírus (CMV) e variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD). Estudos pontuam vantagens relacionadas à refratariedade plaquetária, imunomodulação, doença do hospedeiro versus enxerto e cirurgia cardíaca. Sendo assim, foi realizada uma pesquisa descritiva, qualitativa objetivando descrever as principais indicações clínicas das diretrizes brasileiras sobre desleucocitação, e outras evidências, contribuindo como estímulo para novas discussões entre os profissionais da saúde. É necessário fomentar estudos e aumentar a população beneficiada, assim como reformular os protocolos, o que representaria maior segurança transfusional.
Palavras-chave: Transfusão sanguínea; diretrizes brasileiras; indicações clínicas.
Autores: Danuza Prisyla de Sousa Lima e Kely Braga Imamura
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