A priori, o grupo OFAC – Organização Feminina de Análises Clínicas – foi concebido sob o prisma de agregar mulheres conhecidas e amigas para discussão mais informal e sobre assuntos diversos que fazem parte do cotidiano de cada uma, com o intuito de fortalecer e estruturar um vínculo pessoal entre as participantes, estas captadas através do grupo ACB – Análises Clínicas do Brasil -, criado por Helder Fortes, o qual tem relevante importância para a edificação das análises clínicas no Brasil.
Assim, passou-se à composição do grupo. Inicialmente, pensou-se em reunir mulheres com o seguinte perfil: alegres, dinâmicas, visionárias, criativas, humanas, sensíveis e inteligentes, que pudessem contribuir para o desenvolvimento do coletivo. Com isso, chegou-se à seleção de 21 profissionais com todas essas – e tantas outras – características marcantes. E assim nasceu a OFAC!
Com o decorrer das atividades em grupo, pensado inicialmente para interação social, começou-se a realizar algo mais conciso: a enérgica troca de informações técnicas, com valiosas dicas para a estruturação de uma gestão eficaz, eficiente e efetiva, bem como a ventilação coletiva de ideias e ideais para alavancar bons negócios. No grupo, conversa-se sobre tudo, mas a riqueza de informações técnicas narradas, com relatos de experiências sobre todo o cotidiano da bancada e da mesa de negociações (parte administrativa), é, sobremaneira, bastante construtiva.
Dessa forma, os assuntos debatidos sobre as vivências individuais de distintas regiões do país, sejam elas boas ou ruins, alicerçam o labor, fortalecem os negócios, vez que permitem otimizar recursos, selecionar produtos de melhor qualidade e técnica e discutir relações de trabalho com maior capacidade gerencial, e, como consequência, transmitem maior confiabilidade e credibilidade junto aos colaboradores, clientes e fornecedores.
É, pois, uma rede de atenção fortalecida, construída sob a égide da sensibilidade e da perspicácia feminina, tanto que a logomarca é um sapatinho vermelho, que indica a mulher firme, determinada, profissional (o microscópio é a base do salto da qualidade almejada e da ciência praticada).
Estabelecida, pois, a reciprocidade entre as componentes do grupo, pensou-se em convidar profissionais especialistas no ramo das análises clínicas para dirimir as dúvidas mais frequentes debatidas em grupo. Assim, surgiu o “Papo Sério”, onde, semanalmente, encontros virtuais eram organizados, sempre de forma estruturada.
Após alguns “encontros” virtuais, evidenciou-se a necessidade de uma reunião presencial e a oportunidade vislumbrada para tal união entre as mulheres distribuídas por quase todo o território nacional foi o 45º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado no Rio de Janeiro, em junho de 2018.
Dessa forma, o 1º encontro pessoal entre algumas participantes ocorreu durante o evento supracitado, ocasião na qual, inclusive, entregou-se a 1ª comanda “Sapatinho Vermelho”, como homenagem aos primeiros apoiadores que contribuíram para o crescimento da organização, entrega esta, feita em uma improvisada solenidade no banco da praça do centro de convenções.
Diante da experiência desse encontro presencial, percebeu-se a necessidade de ampliar o trabalho aos demais colegas de bancada, convidando participantes e palestrantes para um interação virtual de aulas. Nasceu, assim, o grande sucesso chamado OFAC CONVIDA, performance desenvolvida em um grupo de whatsapp temporário, onde profissionais de análises clínicas se reúnem – quinzenalmente – de forma surpreendentemente sistematizada, com certificado, pesquisa de satisfação, sorteio de brindes (inscrições para congressos, livros, etc), em formatos de palestra, respeitando sempre o modos operandi escolhido pelo ministrante para lecionar sobre o tema indicado.
No OFAC CONVIDA, há, portanto, uma sistemática, ponderada para permitir uma interatividade entre os participantes, mas com organização e controle feito pelas “meninas da OFAC”. Há regras para a participação, todas transmitidas com lisura e transparência. No OFAC CONVIDA desobedeceu imediatamente é excluído do grupo, permitindo, assim, uma melhor desenvoltura do palestrante, o qual leciona por meio de recurso em áudio, seguido atentamente por pessoas ávidas por conhecimento, este disseminado pela cortesia do especialista.
Outrossim, observou-se um expressivo crescimento da OFAC, permitindo a ampliação de novos seguidores, o que propiciou, por conseguinte, na edificação de uma célula-filha da Organização, denominada OFAC VIP, que tem como premissa a difusão das atividades do projeto principal, bem como a divulgação de cursos, congressos, encontros técnicos e assuntos afins à área laboratorial e de gestão.
Ressalte-se que a principal proposta da OFAC é a educação continuada, o compartilhamento de conhecimentos, sendo o whatsapp a plataforma mais acessível, prática e direta de contato com seus seguidores na busca do aprimoramento e a conexão com o que há de melhor nas análises clínicas para que seja partilhado através das mídias digitais.
E quem são as “ofacanas”? São gestoras, empreendedoras, profissionais técnicas, de cargos políticos de órgãos ou sociedades da análises clínicas, que resolveram levantar da cadeira do microscópio ou poltrona do escritório pra fazer o diferencial no mercado. São elas:
- Marbenha Linko, Imperatriz-MA (idealizadora da OFAC);
- Taís Pozza, Santo Ângelo-RS;
- Mônica Amaral, Piripiri-PI;
- Bianca Franco, Corrente-PI;
- Cláudia Gonçalves, Itamarandiba-MG;
- Silvana Almeida, São Gabriel-ES;
- Samara Mota, Conceição da Barra-ES;
- Waldirene Niciolli, Campo Mourão-PR;
- Suellen Macopi, Concórdia-SC;
- Rosileide dos Santos, Petrolina-PE;
- Rosineide Gois, Ji-Paraná-RO;
- Caroline Jung, Porto União-SC;
- Maria Elizabeth Menezes, Florianópolis-SC;
- Albany,Salvador-BA;
- Kelly Araújo, Valença-BA;
- Mauren Isfer, Curitiba-PR;
- Gilcilene Chaer, Brasília-DF;
- Tânia Bonilha, Naviraí-MS;
- Lenira Costa, Natal-RN;
- Laiara Lemos, Minas Novas-MG;
- Lidiany Oliveira, Bebedouro-SP.
Essa conquista de público no mercado brasileiro das análises clínicas no qual hoje a OFAC triunfa, deve-se, sobretudo, à empatia, à “organização” e à criatividade da mulher, fundamental para que o grupo se mantenha estruturado e venha a continuar essa missão de partilhar conhecimento. Neste mês de março, o grupo “Scarpin Microscópio” das análises clínicas completará 1 ano. Qualquer coincidência com o mês das mulheres é puro e mero… merecimento!
Marbenha Linko é graduada em Farmácia Bioquímica pela UFMA; Especialista em Citologia Clínica pela FACIMP/SBCC; Mestre em Gestão, Pesquisa e desenvolvimento em Tecnologia Farmacêutica pela PUC-GO; Trabalha no Centro Integrado de Saúde da Mulher-CISAM. É Membro da Comissão de Analises Clinicas do CRF-MA