Há pouco mais de 400 anos, o mundo microscópico só era visível aos olhos divinos. Nesta época, ao homem só cabia a observação de objetos maiores que um fio de cabelo, uma vez que o menor tamanho que o olho humano tem capacidade de enxergar é aproximadamente 100 micrômetros.
Foi em 1591 que dois holandeses fabricantes de óculos, Hans e Zacharias Janssen, pai e filho, criaram o primeiro microscópio óptico. A partir daí o universo outrora invisível aos nossos olhos começa a ser desvendado.
Graças a esta ferramenta, a ciência avançou significativamente, como podemos observar através da história. Ainda que a invenção do primeiro microscópio seja atribuída aos Janssen, outro holandês, o cientista Anton van Leeuwenhoek, é considerado o pai do microscópio.
Ele teria aperfeiçoado as lentes da versão original e criado seu próprio instrumento monocular. Suas descobertas microscópicas e a observação de “animalículos” vivos em materiais biológicos contribuíram em diversos campos da ciência, com destaque para a análise do sêmen.
Na mesma época, o cientista britânico Robert Hooke desenvolveu o primeiro microscópio binocular composto por três lentes. Hooke foi o primeiro a observar unidades vivas em fatias de cortiça, as quais denominou de células, dando início a teoria celular.
O italiano Marcello Malpighi foi outro cientista a utilizar a microscopia como ferramenta de trabalho. Várias estruturas fisiológicas microscópicas observadas por ele foram nomeadas em sua homenagem, como as pirâmides de Malpighi nos rins. Malpighi foi um dos primeiros estudiosos a observar as hemácias ao microscópio.