Os pesquisadores entrevistaram médicos de atenção primária para identificar tendências, facilitadores e barreiras na implementação e uso de tecnologias de telemedicina em resposta à pandemia de Covid-19. Eles entrevistaram 25 líderes de práticas de cuidados primários do projeto PCORnet, do Patient-Centered Outcomes Research Institute. Os líderes representaram 87 práticas de cuidados primários em Nova York, Flórida, Carolina do Norte e Geórgia.
A equipe identificou quatro temas comuns entre os cuidados primários: 1) A facilidade de telemedicina dependia das experiências anteriores de pacientes e médicos com plataformas virtuais de saúde; 2) A regulamentação da telemedicina variou entre os estados e impactou os processos de implantação de maneira diferente; 3) As regras de triagem de visitas permanecem obscuras pós-Covid; e 4) Impactos positivos e negativos da telemedicina em médicos e pacientes.
Além disso, os médicos identificaram oportunidades para diminuir os desafios, incluindo o estabelecimento de diretrizes de triagem de visitas, pessoal adequado e protocolos de agendamento.
O que nós sabemos
A pandemia de Covid-19 exigiu uma rápida implementação da telemedicina na atenção primária. Embora a telemedicina tenha impedido a propagação do vírus e ajudado a otimizar a carga de trabalho de equipes médicas dispersas, a tecnologia também apresenta desafios, incluindo a realização de exames físicos, testes de diagnóstico e imagens. Além disso, o acesso equitativo à tecnologia de telemedicina é um desafio significativo.
O que este estudo acrescenta
Os autores identificaram diferenças no uso do portal do paciente (que levaram a diferentes impactos na receita) em vários estados. Eles também descobriram que a rápida transição para visitas apenas por telemedicina exigia a implementação de regulamentos; regras de triagem pouco claras; e que a telemedicina teve impactos positivos e negativos nos provedores e pacientes. Os pontos positivos incluíram a facilidade de acesso ao atendimento clínico por meio da telemedicina para determinados tipos de visitas. Do lado negativo, a telemedicina confundiu os limites para os médicos, que descobriram que trabalhavam além do horário normal de expediente.
O trabalho foi publicado na revista The Annals of Family Medicine.
Rubens de Fraga Júnior
Professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Fonte: Grace Rabinowitz et al, The Telemedicine Experience in Primary Care Practices in the United States: Insights From Practice Leaders, The Annals of Family Medicine (2023). DOI: 10.1370/afm.2967
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