Teste classifica o risco do paciente desenvolver um câncer de próstata
São estimados 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil em 2019, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), sendo o responsável por cerca de 15 mil óbitos em 2017. Mundialmente, o mês de novembro reforça a importância de exames que detectem esse tipo de câncer em fase precoce. O laboratório Delboni Auriemo, que integra a Dasa, oferece, entre os exames que auxiliam no diagnóstico da doença, o teste PHI (Índice de Saúde Prostática – Prostate Health Index), que, associado a dosagens de PSA (Antígeno Prostático Específico), pode reduzir em até 30% as biópsias desnecessárias.
De acordo com Gustavo Campana, diretor médico da Dasa -, o exame PHI é complementar ao PSA total e livre. “O PSA é um exame de sangue solicitado pelos especialistas no início da investigação médica e avalia a quantidade específica de moléculas produzidas pela próstata. O aumento de sua concentração pode determinar a presença de um tumor maligno”, explica. No entanto, ele pondera que o PSA, isoladamente, retorna um número alto de diagnósticos falso-positivos, cujos pacientes são encaminhados para a biópsia, procedimento desconfortável e invasivo. “Quando o PHI é inserido nesta investigação junto com o PSA, ele analisa uma terceira molécula que está mais ligada aos tumores malignos; como consequência, há maior precisão no diagnóstico e a redução de biópsias desnecessárias,” completa Campana.
O PHI é três vezes mais específico para câncer de próstata do que o PSA isolado e, ainda, é capaz de classificar apropriadamente os pacientes com probabilidades baixa, moderada e alta de risco de câncer de próstata. “O PSA serve como teste de triagem junto com o exame de toque e, quando o PSA aponta de 2 a 10 ng/ML, indica-se o PHI para um diagnóstico mais certeiro”, esclarece.
O câncer de próstata pode estar relacionado com o histórico familiar, idade e obesidade. Segundo o INCA, homens acima de 65 anos são os mais diagnosticados com o tumor. De acordo com o Ministério da Saúde, este tipo de câncer geralmente tem evolução lenta e não ameaça a vida do homem. Porém, em alguns casos, pode ocorrer o efeito metástase, fazendo com que o tumor cresça rapidamente e se espalhe para outros órgãos.
É importante, ainda, manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, além de diminuir o consumo de alimentos ricos em gordura – principalmente os de origem de animal. Praticar atividades físicas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar são hábitos que também ajudam a prevenir o câncer. “Em alguns casos, principalmente nos estágios iniciais, a doença é assintomática. Porém, os homens devem estar atentos aos sintomas, como as manifestações ligadas à urina, por exemplo sangue, dificuldade e diminuição do jato. Os pacientes devem sempre procurar um urologista e, se for o caso, iniciar a investigação da doença com os exames de rastreio”, finaliza Campana.