A convivência em um casamento é naturalmente complexa por envolver a compreensão do outro, confiança, equilíbrio emocional, eventuais atritos, conviver com as diferenças, conflitos, entre outros, que podem tornar o dia a dia mais desafiador. Mas toda essa complexidade em um relacionamento aumenta mais quando ele é neurodivergente, ou seja, um dos parceiros possui algum transtorno.
A convivência com um parceiro que possui um transtorno de personalidade dramática pode ser muito complicada, demandando suporte não apenas para o indivíduo com o transtorno, mas para ambos. A saúde mental do parceiro neurotípico também pode ser afetada, especialmente em situações desafiadoras durante a vida conjugal.
Os transtornos de personalidade, como narcisismo ou histriônico, afetam bastante a convivência social dos indivíduos, influenciando a qualidade de vida e seus relacionamentos.
Com sintomas como falta de empatia, busca incessante por atenção e oscilações de humor, esses transtornos podem gerar complicações emocionais para o próprio indivíduo e impactar significativamente aqueles ao seu redor.
Esse tipo de ruído de comunicação e as situações decorrentes dos sintomas de transtornos de personalidade contribuem para uma convivência complicada com o parceiro, inclusive reduzindo a sua “vida útil” através do desgaste mental.
A genética do parceiro neurotípico é um ponto fundamental para definir os impactos que essa convivência terá na sua saúde mental, por exemplo, se ele tiver predisposição a depressão, ela pode se desenvolver a partir do ambiente em que ele vive e das situações presentes na vida conjugal.
Por isso, além dos tratamentos medicamentosos e terapêuticos para o indivíduo com o transtorno também é importante que o parceiro neurotípico também faça acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico para minimizar os impactos. Além disso, terapias em conjunto também podem ser benéficas, assim como o conhecimento das suas informações genéticas, o que ajuda a identificar suas predisposições e as melhores formas de lidar com elas no relacionamento.
Coluna
Créditos: Dr. Fabiano de Abreu Agrela (MF Press Global)
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Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros.