A primeira pergunta que o paciente faz quando recebe o diagnóstico de Mieloma Múltiplo (MM) é: tem cura?
Não é fácil receber um diagnóstico como esse. E na maioria das vezes, também não é rápido. Isso porque os sintomas da doença podem ser frequentemente confundidos com osteoporose ou até com manifestações típicas do envelhecimento.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) apontou que 44% dos pacientes demoraram mais de três meses para procurar um médico após perceber os primeiros sintomas. Entre os 200 entrevistados, 26% deixaram passar mais de um ano.
Além disso, o levantamento revelou que 45% receberam o diagnóstico, de fato, apenas seis meses depois de procurarem o médico. Em entrevista à Veja Saúde, o hematologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Breno Gusmão, ressaltou a importância de conscientizar a sociedade e até os especialistas de que sintomas como dor recorrente nas costas merecem uma investigação aprofundada.
Mas afinal, o Mieloma Múltiplo tem cura?
O Mieloma Múltiplo não tem cura, mas tem apresentado boas taxas de remissão com os avanços nos tratamentos. Desta forma, o principal objetivo do tratamento para esse câncer é oferecer uma boa qualidade de vida para os pacientes, controlando os sintomas.
Ainda segundo a Abrale, com os atuais tratamentos, cerca de 50% das pessoas conseguem alcançar a remissão, ou seja, a doença fica indetectável nos exames. Mas ainda é necessário controlá-la com medicamentos.
Além disso, é fundamental garantir que a remissão seja mantida. Daí a importância de realizar o monitoramento do MM paralelamente ao tratamento, que é contínuo e, por vezes, intenso.
O monitoramento da doença
O MM tem início na medula óssea, quando um grupo de plasmócitos se multiplica de forma desgovernada. A função dos plasmócitos é produzir e liberar imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgD, IgE), que ajudam a eliminar causadores de infecção, como vírus e bactérias.
As imunoglobulinas são constituídas por duas cadeias de proteínas longas (pesadas) e duas cadeias curtas (leves). Às vezes, os rins excretam partes da proteína monoclonal na urina, são as chamadas cadeias leves.
Em alguns casos, é fundamental a realização de um teste para medir a quantidade de cadeias leves livre no sangue. Nesse sentido, o Grupo Internacional de Trabalho sobre Mieloma (International Myeloma Working Group) recomenda a utilização do Freelite® no diagnóstico, para a confirmação da doença, e no monitoramento, para acompanhar a resposta ao tratamento, já que o teste Freelite® é capaz de quantificar as cadeias leves livres em soro.
Não raro, o Freelite® é utilizado em associação com o Hevylite®, um teste do isotipo de cadeia pesada + leve no soro, ou seja, um teste laboratorial no sangue para medição de imunoglobulinas intactas. É o único imunoensaio automático aprovado pelo US Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, para o monitoramento do Mieloma IgG e IgA e até IgM.
A associação do Hevylite® com o Freelite® no monitoramento dos pacientes com MM garante maior precisão e fornece informações relevantes para a conduta médica.
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Fonte: freelite.com.br