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Internet of Medical Things (IoMT) avança no Brasil e traz novos desafios aos líderes do setor de saúde

Publicado por Luciene Almeida em 4 de julho de 2022

A revolução digital do setor de saúde brasileiro continua e a demanda por dados está mais elevada do que nunca. Estudo da consultoria canadense RBC Capital Markets divulgado em dezembro de 2021 mostra que, em 2010, a capacidade total de armazenamento de dados do mundo era de aproximadamente 487 exabytes. Até 2025, esse mesmo volume será criado a cada dois dias.

Luis Arís*

Segundo esse estudo, aproximadamente 30% do volume mundial de dados é gerado pelo setor de saúde. Até 2025, a taxa de crescimento anual de dados para saúde atingirá 36%. Isso é um avanço 10% mais rápido do que os serviços financeiros e 11% mais rápido do que mídia e entretenimento.

Esses dados são gerados de duas maneiras diferentes. Uma delas são as grandes redes heterogêneas espalhadas por diferentes locais da organização de saúde. Outra fonte cada vez mais expressiva na geração de dados sobre saúde são os dispositivos da Internet das Coisas Médicas (IoMT, Internet of Medical Things). Estudo da Research and Markets divulgado em Janeiro de 2022 informa que esse mercado deve chegar a US$ 258 bilhões até 2026. Em 2019, o valor dessas soluções era de 55 bilhões de dólares.

Sob o rótulo IoMT há tecnologias muito variadas. Os provedores de serviços de saúde vêm usando a tecnologia móvel há algum tempo, incluindo computadores de mão e dispositivos que ajudam os médicos na prestação de cuidados à beira do leito. Esses dispositivos médicos móveis, frequentemente transportados em um carrinho até o paciente, aprimoram a precisão ao reduzir a necessidade de inserir manualmente as informações sobre o paciente. Os dispositivos móveis são muito usados, também, para realizar exames no leito do paciente, além de ajudar no compartilhamento de dados com outros colegas médicos (troca de plantões).

Existe, ainda, todo um conjunto de dispositivos IoMT para serem utilizados pelo paciente em sua casa, de forma remota.

  1. Monitoramento remoto de paciente

O monitoramento remoto de pacientes é a aplicação mais comum de dispositivos IoT para assistência médica; ele coleta métricas de saúde como frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura. Os dados coletados são enviados para um aplicativo de software no qual os profissionais de saúde e/ou pacientes podem visualizá-los.

  1. Monitoramento de glicose

Dispositivos IoMT podem fornecer monitoramento automático contínuo de níveis de glicose em pacientes. A meta é eliminar a necessidade de registro manual e podem alertar os pacientes quando os níveis de glicose estiverem problemáticos.

  1. Monitoramento da frequência cardíaca

Os dispositivos convencionais para monitoramento cardíaco contínuo usados em hospitais exigem que os pacientes estejam constantemente conectados a máquinas por meio de fios, prejudicando a sua mobilidade. Pequenos dispositivos IoMT liberam os pacientes para se movimentarem como quiserem, garantindo o monitoramento contínuo do seu coração.

  1. Monitoramento da higiene das mãos

Atualmente, muitos hospitais e outras instalações de saúde usam dispositivos IoMT para lembrar as pessoas de higienizar as mãos ao entrar em recintos hospitalares. Os dispositivos podem até instruir sobre a melhor maneira de higienizar para mitigar determinado risco a um paciente específico.

  1. Depressão e monitoramento do humor

Frequentemente, os pacientes não relatam com precisão as variações de humor que sentem. Dispositivos IoMT “detectores de humor” podem encarar esses desafios. Coletando e analisando dados como frequência cardíaca e pressão arterial, os dispositivos podem inferir informações acerca do estado mental de um paciente.

  1. Monitoramento de mal de Parkinson

Sensores IoT podem coletar continuamente dados referentes a sintomas de Parkinson. Esses dispositivos dão aos pacientes a liberdade de viver normalmente em seus lares, em vez de ter de passar longos períodos em um hospital para observação.

  1. Pílulas inteligentes

Dispositivos IoMT são essenciais, também, para o uso de “pílulas inteligentes” com sensores microscópicos. Sinais emitidos pelas “smart pills” são coletadas por devices IoMT e, em seguida, transmitidos pela nuvem para os sistemas do hospital.

Para que essas aplicações produzam os resultados desejados, é fundamental que os dispositivos IoMT sejam cuidadosamente monitorados para garantir que não parem de funcionar, causando a interrupção dos cuidados com o paciente. Esse é um desafio real. Estudo da publicação especializada HITinfrastructure revela que cerca de 45% das conexões entre equipamentos dentro de hospitais e dispositivos remotos usados por pacientes sofrem falhas. Isso causa uma média de dois segundos adicionais de espera para carregar os dados de aplicação.

As equipes de TI são as responsáveis 24×7 por garantir que os dispositivos IoMT sejam seguros, ativos e confiáveis​​. A missão é gerenciar e proteger dispositivos profundamente heterogêneos e que geram dados muito diferentes entre si. Como as aplicações de saúde exigem coleta de dados em tempo quase real, qualquer interrupção na conexão poderá custar caro em termos de precisão dos dados e erros no processo de diagnóstico.

Heterogeneidade dos sistemas de saúde

Outro fator que aumenta a complexidade da tarefa dos líderes de TI da organização de saúde é o fato de, quer sejam gerados dentro do ambiente clínico, quer tenham sido criados por dispositivos IoMT, os dados serem processados em categorias bem delineadas:

  • HIS (Sistema de Informações Hospitalares) – dados essenciais para o funcionamento da organização;
  • LIS (Sistema de Informações Laboratoriais) – dados laboratoriais;
  • RIS (Sistema de Informações Radiológicas) – dados de radiologia;
  • PACS (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens) – imagens geradas por dispositivos como equipamentos radiográficos, de ressonância magnética, de ultrassonografia ou de videoendoscopia.

Na prática, essas categorias são padrões globais que, hoje, orientam o desenvolvimento de todas as aplicações médicas. Na era da saúde digital, todos esses protocolos têm de ser suportados pela plataforma de monitoração de TI da organização. Isso é essencial para entregar ao gestor uma visão ao mesmo tempo geral – que cubra toda a organização, incluindo os dispositivos remotos móveis – e específica, capaz de chegar ao detalhe do funcionamento de um determinado elemento da rede.

A meta é ganhar previsibilidade, por exemplo, sobre a duração da bateria de um IoMT, ou sobre quão confiáveis são as conexões entre um sistema de ressonância magnética e o servidor da administração do hospital. Soluções de monitoração multiprotocolo colaboram para que médicos, enfermeiros e pacientes usuários de dispositivos IoMT sejam libertos de frustrações com a tecnologia. Ao final do dia, isso produz maior consistência em diagnósticos e no acompanhamento de tratamentos médicos.

*Luis Arís é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Paessler LATAM.

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