A imunoterapia é considerada uma das abordagens mais promissoras no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo alguns classificados como raros e/ou resistentes, como o câncer de endométrio. Nesse tipo da doença, os resultados tendem a ser ainda mais expressivos em casos metastáticos ou recorrentes, quando as chances de cura são reduzidas consideravelmente.
De acordo com o dr. Luiz Henrique Araújo, oncologista do Hospital São Lucas Copacabana e da Dasa Oncologia, que fazem parte da Dasa, a imunoterapia objetiva fortalecer o sistema imunológico do paciente e treiná-lo o suficiente para detectar e combater as células cancerígenas com mais facilidade e eficácia.
“No caso do câncer de endométrio, que costuma ser tratado com a indicação de retirada do tumor por meio de cirurgia, observamos um progresso expressivo no tratamento das pacientes quando incluímos a imunoterapia, seja de forma isolada, seja em combinação com a quimioterapia. Ela é particularmente eficaz nos casos avançados da doença, que costuma ser agressiva e restringe muito a sobrevida da paciente caso não seja tratada da maneira correta”, explica o dr. Luiz Henrique.
Outro benefício trazido pela imunoterapia é a carga menor de toxicidade no organismo e a redução dos efeitos colaterais vivenciados pelos pacientes em comparação com outros métodos, como a radioterapia e a quimioterapia.
Principais fatores de risco e sintomas do câncer de endométrio
Mulheres no período da pós-menopausa, que tenham sobrepeso ou obesidade, com diagnóstico de síndrome do ovário policístico e outros casos da doença na família têm mais chances de desenvolver o câncer de endométrio. Outros fatores ligados ao estrogênio, como a realização de terapias de reposição hormonal, ter menstruado antes dos 12 anos ou não ter tido filhos, também podem influenciar o surgimento dessa condição.
“É importante estar atenta aos principais sintomas desse tipo de câncer, que incluem sangramento anormal entre os ciclos menstruais ou após a menopausa, dor na região da pelve e perda de peso sem motivo”, detalha o oncologista.
De acordo com a dra. Deborah Monteiro, radiologista da CDPI, que também faz parte da Dasa, a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve são exames essenciais na investigação do câncer de endométrio.
“Depois de identificar sintomas compatíveis com essa neoplasia e realizar o exame físico com o ginecologista, é importante fazer o ultrassom para identificar o espessamento do endométrio e a necessidade de biopsia. Nos casos em que esse exame for inconclusivo ou quando já existe a confirmação da doença, a ressonância magnética é o método de escolha para avaliar a extensão da condição”, explica a médica.