De acordo com um estudo publicado on-line em 30 de junho no periódico Radiology, pacientes com doença de Alzheimer (DA) apresentam um aumento na concentração de ferro na matéria cinzenta profunda e nas regiões neocorticais em comparação a controles saudáveis.
Dra. Anna Damulina, da Universidade de Medicina de Graz na Áustria, e colegas examinaram os níveis basais de ferro no cérebro e as mudanças nesses níveis usando exames de ressonância magnética (RM) com mapeamento da taxa de relaxamento R2*, em 100 indivíduos com DA, recrutados entre 2010 e 2016, e 100 controles saudáveis pareados por idade, selecionados entre 2010 e 2014. Todos os participantes foram submetidos a RM de 3 Tesla, incluindo o mapeamento R2*. Em um acompanhamento médio de 17 meses, 56 dos 100 participantes com DA foram submetidos a testes neuropsicológicos e RM cerebral.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com o grupo com controles saudáveis, o grupo com DA apresentou níveis medianos mais elevados de R2* nos gânglios basais e em todo o neocórtex e, regionalmente, nos lobos occipital e temporal. Em participantes com DA, houve uma associação entre os valores de R2* no lobo temporal e alterações longitudinais na pontuação total do Consórcio para Estabelecer um Registro para doença de Alzheimer (Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease), independente das alterações longitudinais no volume cerebral.
“Nosso estudo fornece suporte para a hipótese de comprometimento da hemostasia do ferro na doença de Alzheimer e indica que o uso de agentes quelantes de ferro em estudos clínicos pode ser um alvo de tratamento promissor”, disse um coautor em uma declaração. “O mapeamento de ferro baseado em RM poderia ser usado como um biomarcador para a previsão da doença de Alzheimer e como uma ferramenta para monitorar a resposta ao tratamento em estudos terapêuticos.”
Um autor declarou ter laços financeiros com a indústria farmacêutica.
Com informações HealthDay News/MSD Manuals.