Pesquisadores têm despendido esforços na tentativa de estabelecer um modelo adequado de dieta, o qual se caracteriza pela ingestão de alimentos suficientes para prevenir deficiências nutricionais e suprir as necessidades energéticas para a manutenção da vida, mas, além disso, pode ser considerado ótimo quando for capaz de reduzir o risco de doenças crônicas, melhorar os níveis de qualidade de vida e a longevidade.1 As dietas que incluem o consumo de carnes são chamadas de onívoras e as práticas vegetarianas além da supressão da carne, consomem maior quantidade de vegetais, frutas, cerais, legumes, nozes, castanhas e uma menor quantidade de gordura saturada. Estas variam quanto ao tipo: a vegana, que não consome produtos provenientes do reino animal; a lacto-vegetariana que consome leite e laticínios; e, a ovolactovegetariana, que inclui também o consumo de ovos.2
Estudos têm avaliado a relação entre alimentação e doenças em grupos específicos, com o objetivo de analisar o efeito das dietas no controle de doenças crônicas como diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Se no passado estudavam-se os problemas causados pela deficiência nutricional de dietas restritivas, atualmente o interesse é avaliar os seus benefícios à saúde. Alguns estudos estão trazendo uma mudança, associando as dietas vegetarianas mais à saúde que à doença. Quando desequilibradas, as dietas vegetarianas podem causar deficiências nutricionais, no entanto, se bem equilibradas podem prevenir essas deficiências e também algumas doenças crônicas.3 O consumo de proteínas por vegetarianos geralmente é menor que o de onívoros. A composição das proteínas de origem vegetal é considerada incompleta por não possuir todos os aminoácidos essenciais. No entanto, isto não constitui uma limitação para a dieta vegetariana, pois pode ser compensada pela combinação de alimentos complementares, como soja, verduras, legumes, nozes, sementes e grãos integrais.1
Teixeira et al3 realizaram um estudo para analisar o perfil nutricional, estilo de vida e alimentação de vegetarianos e onívoros e, quantificar e comparar o risco para sobrepeso, obesidade e hipercolesterolemia, em dois grupos de indivíduos, entre 35 e 64 anos de idade, classificados de conforme o tipo de alimentação: onívora ou vegetariana. Dentre os resultados obtidos, destacam-se que os percentuais de sobrepeso, obesidade central e hipercolesterolemia foram menores nos vegetarianos. Estes também apresentaram concentrações mais baixas de Colesterol Total, LDL-colesterol, Triglicérides e Glicemia de jejum. Os casos de anemia foram identificados nos dois grupos na mesma proporção. Os resultados obtidos no estudo sugerem que as dietas vegetarianas parecem oferecer melhores condições de saúde, sem produzir deficiências nutricionais importantes, além de prevenir as doenças crônicas, através de maior controle dos fatores de risco. O estudo também conclui que a alimentação onívora com excesso de proteínas e gorduras de origem animal, confere maior risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, em especial a hipertensão arterial, diabete, dislipidemia, aterosclerose e obesidade, sendo o vegetarianismo uma opção para prevenção e tratamento destes agravos. Estudos como este têm evidenciado os benefícios das dietas baseadas em vegetais sobre as baseadas em carne animal.3
Para Baena, 2015, a dieta vegetariana além de reduzir o consumo de substâncias associadas ao desenvolvimento de doenças crônicas eleva o consumo de substâncias como fitoquímicos e fibras, que oferecem benefícios para a saúde. É importante uma análise cuidadosa individualizada da dieta com objetivo de obter máximos benefícios e mínimos riscos para saúde.1
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Baby Maria Ferreira – Biotécnica Ind. e Com. Ltda
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Referências Bibliográficas:
- BAENA, R.C. Dieta Vegetariana: Riscos e Benefícios. Diagn. Tratamento. 2015;20(2):56-64.
- COUCEIRO, P.; SLYWITH, E.; LENZ, F. Padrão alimentar da dieta vegetariana. Einstein. 2008; 6(3):365-73
- TEIXEIRA, R.C.M.A. et al. Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros – Grande Vitória – ES. Rev. Bras. Epidemiol. 2006; 9(1): 131-43.