Evento ocorre entre os dias 10 e 12 de agosto em Florianópolis
O Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV, em comemoração aos seus 15 anos de trabalho estará organizando nos dias 10 a 12 de Agosto de 2017 o “4º ENCONTRO DE EXPERTS EM HPV” que será realizado no Hotel Quinta da Bica D’Agua em Florianópolis.
O evento tem como objetivo a atualização científica em relação à infecção HPV em seus diversos aspectos de manifestações em várias áreas da saúde, como ginecologia, obstetrícia, pediatria, urologia, proctologia, otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço, infectologia, estomatologia e citopatologia.
Serão 3 dias de discussão sobre a infecção HPV com vários especialistas nesta área de todo o Brasil. A estimativa é de 400 participantes provenientes de todas as regiões do Brasil.
O encontro de como objetivo discutir os mais recentes avanços no diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças associadas à infecção pelo Papilomavirus humano (HPV) nas diversas especialidades da área da saúde e tem como público alvo: ginecologistas, obstetras, pediatras, infectologistas, urologistas, proctologistas, otorrinolaringologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, patologistas, citopatologistas, virologistas, imunologistas, oncologistas, estomatologistas, estudantes e profissionais da área da saúde.
Clique aqui para acessar a programação do evento
Sobre o HPV
O HPV (Human papillomavirus) é um vírus DNA pertencente à família Papilomaviridae que compreende 16 gêneros diferentes, sendo o Alfa-Papillomavirus (com 15 espécies) o responsável pela infecção nos seres humanos. Atualmente existem mais de 200 tipos diferentes identificados. Cerca de 45 tipos infectam o epitélio do trato anogenital masculino e feminino. Destes, 18-20 são considerados de alto risco oncogênico e cerca de 12-15, de baixo risco.
A infecção genital pelo papilomavírus humano é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente na mulher e no homem em todo o mundo. Apresenta um período de incubação extremamente variável, de poucos dias à vários anos, podendo chegar a 20-30 anos ou mais. Dos HPV de alto risco, os tipos 16 e 18 são os mais frequentemente associados ao câncer anogenital e do trato aerodigestivo. Esses HPV são necessários, mas não suficientes, para causar virtualmente todos os casos de câncer de colo de útero no mundo. Os HPV de baixo risco oncogênico, principalmente os 6 e 11, causam as lesões benignas na região anogenital (verrugas, lesão intraepitelial escamosa de baixo grau) e na laringe (papilomatose laringeia recorrente), com substancial morbidade e alto custo de tratamento.
Estima-se que pelo menos 50% dos indivíduos sexualmente ativos irão entrar em contato com o HPV em algum momento de suas vidas e que 80% das mulheres terão esse contato até os 50 anos de idade. A maioria das infecções HPV são transitórias e não são detectadas por mais de 1-2 anos.
Embora a grande maioria dos casos de infecção por este vírus esteja relacionada à transmissão por via sexual (cerca de 95% das vezes), ela também pode ocorrer pela via não sexual, por contato com verrugas cutâneas, fômites (compartilhamento de toalhas, roupas íntimas, etc.) e pelo contato maternofetal (gestacional, intra e periparto).
Na população feminina geral, a prevalência da infecção HPV varia de 2 a 44%. No Brasil, a positividade varia de acordo com a população estudada, de 21 a 48%, sendo o HPV de alto risco encontrado em 48 a 53%. Nos homens, a prevalência varia de 35 a 72%, sendo os HPV de alto risco responsáveis por 25 a 56% dos casos.
Segundo a OMS, mais de 630 milhões de homens e mulheres (1:10 pessoas) estão infectadas pelo HPV no mundo. Para o Brasil, estima-se que haja 9 a 10 milhões de infectados e que, a cada ano, 700 mil casos novos surjam, podendo ser considerada, portanto, uma pandemia. As maiores prevalências da infecção são em mulheres mais jovens e diminui com o grupo da meia idade, havendo um segundo pico após os 50-60 anos.
Vários estudos têm relatado uma média de incidência cumulativa de 40% ou mais após 3 anos de acompanhamento, chegando a 60% em 5 anos. Mundialmente, estima-se 32 milhões de casos novos de verrugas genitais a cada ano (Brasil, em torno de 1,9 milhão/ano.
As formas de apresentação da infecção HPV são classificadas em clínica (diagnóstico possível a olho nu), subclínica (diagnóstico através da colposcopia, citologia e histopatologia) e latente (exames anteriores normais, diagnóstico apenas pelas técnicas de hibridização do DNA viral como Reação em Cadeia da Polimerase- PCR e Captura Híbrida).
As lesões clínicas (2-3% dos casos) mais comuns são os condilomas acuminados, presentes principalmente nas áreas úmidas e expostas ao atrito durante a atividade sexual. As manifestações subclínicas são mais frequentes que a anterior, representando 69% das manifestações anogenitais externas e 95% do HPV cervical. Geralmente estão associadas aos HPV de alto risco oncogênico com suas manifestações na colpocitologia oncótica (coilocitose, lesão intraepitelial). Na forma latente não há nenhuma evidência clínica, colposcópica e cito-histológica da infecção e o diagnóstico só é possível com a pesquisa do DNA viral. As técnicas mais utilizadas atualmente, como o PCR e Captura Híbrida, são capazes de detectar quantidades mínimas de DNA viral. O tempo neste estado de latência é muito variável entre as pessoas e a evolução para uma infecção produtiva ou eliminação definitiva do vírus depende exclusivamente do sistema imune do indivíduo.
Mais informações em: http://projetohpv.com.br/projetohpv/