A Febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, frequentemente associada à artralgia persistente. É causada pelo arbovírus Mayaro (MAYV) pertencente ao gênero Alphavirus da família Togaviridae e é clinicamente indistinguível da febre da Dengue e Chikungunya. O vírus pode ser transmitido por mosquitos silvestres principalmente do gênero Haemagogus (mesmo mosquito que transmite a febre amarela) e estudos laboratoriais apontam que o vírus pode se adaptar a outros vetores que circulam nas cidades como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus; por isso, considera-se haver risco potencial de transmissão urbana. Duas epidemias foram descritas no Brasil (1955, 1978) e uma na Bolívia (1955), desde então, casos esporádicos e surtos localizados têm sido registrados nas Américas, incluindo a região Amazônica do Brasil, principalmente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste. No início de 2008, foi relatado um surto no estado do Pará, onde de um total de 105 indivíduos que relataram um estado febril nos últimos 30 dias, 36 tinham anticorpos IgM contra MAYV. Foi relatada a presença de anticorpos IgM contra o MAYV em 33 pacientes, e o genoma viral foi detectado em um deles em Manaus, durante um surto febril agudo no período de 2007–2008. Durante um surto de vírus da dengue em Mato Grosso, 15 de 604 pacientes foram positivos para detecção de RNA de mayaro.
Com o recente aumento de risco de infecção por MAYV, há necessidade urgente de testes laboratoriais que permitam o monitoramento e a confirmação diagnóstica das infecções por MAYV. A diferenciação sorológica é dificultada devido à reatividade cruzada entre alfavírus. Moraes-Soane, M et al., analisou o desempenho do teste Anti-Mayaro Virus ELISA IgM da EUROIMMUN utilizando soros de um painel composto por 21 pacientes MAYV positivos e 25 controles MAYV negativos. O teste Anti-Mayaro Virus ELISA IgM foi 100% (95% CI: 81.8-100%) sensível e 76% (95% CI: 56.3-88.8%) específico. Resultados discrepantes foram obtidos em 6 amostras de pacientes infectados pelo vírus chikunguya (CHIKV, 5/6) ou flavivírus (1/6). A maioria dos desvios de ensaios in-house foi provavelmente devido à reatividade cruzada com o CHIKV intimamente relacionado. Em conclusão, o teste Anti-Mayaro Virus ELISA IgM da EUROIMMUN fornece alta sensibilidade, permitindo triagem eficaz para pacientes infectados por MAYV e para fins de vigilância epidemiológica.
Para saber mais, acesse:
https://www.euroimmun.com.br/mayaro
Referências Bibliográficas