Os pacientes de hemofilia, no futuro, não precisarão mais tomar infusões dos fatores 8 ou 9 para prevenir hemorragias e problemas nas juntas, entre outras limitações. Estão avançados os estudos para substituir de forma definitiva esse tradicional tratamento por uma única infusão definitiva ao longo de toda a vida. Este é o ponto central da palestra que a Dra. Margareth Ozelo, uma das maiores pesquisadoras do assunto, durante o 1º Juntos pela Hemofilia da Federação Brasileira de Hemofilia que será realizado na próxima segunda-feira, dia 24 de junho, em São Paulo.
Segundo a Diretora da Unidade de Hemofilia do Hemocentro da Unicamp, a nova terapia consiste em transferir o código do DNA dos fatores 8 e 9 para organismo do paciente, por meio de uma infusão. A partir daí o próprio paciente passa a produzir os dois fatores, garantindo vida normal. O procedimento, bastante complexo, é conhecido como terapia gênica.
Há vários testes clínicos em andamento e que envolvem a participação de pacientes de diversos países, inclusive do Brasil. Eles estão nas fases iniciais e intermediárias e já vem apresentando resultados animadores, segundo a especialista. Os testes de fase III contam com aproximadamente 150 pacientes.
Fonte: Dra. Margareth Ozelo, uma das maiores pesquisadoras do assunto, durante o 1º Juntos pela Hemofilia da Federação Brasileira de Hemofilia
No evento teremos a presença também de pacientes e outros players desse mercado
SERVIÇO | 1º JUNTOS PELA HEMOFILIA
Realização: FBH – Federação Brasileira de Hemofilia
Data: segunda-feira, 24 de junho
Horário: das 8h às 18h
Local: Teatro do WTC Eventos
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12551 – Brooklin Novo – São Paulo – SP
Inscrições gratuitas pelo site: https://www.eventbrite.com.br/e/io-juntos-pela-hemofilia-da-federacao-brasileira-de-hemofilia-tickets-61989368871
Sobre Hemofilia
Doença rara, a Hemofilia, na maioria dos casos, ocorre por transmissão genética; apenas, cerca de um terço ocorre de forma espontânea, ou seja, sem que exista histórico familiar conhecido da doença – que atinge, basicamente, o sexo masculino; no caso de mulheres portadoras do gene, raramente ocorrem manifestações da doença, e elas também não transmitem o gene para os filhos. “Atualmente, o Brasil é o 4º país em casos de hemofilia, e eventos como este são fundamentais para dar a dimensão do problema, bem como traçar metas e conferir engajamento de toda a cadeia em torno de diagnóstico, tratamentos e auxílios necessários”, afirma a Presidente da FBH.