RESUMO: A leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa, reconhecida por leucocitose com desvio à esquerda, esplenomegalia e presença de cromossomo Philadelphia. O Instituto Nacional do Câncer supõe que a cada triênio, são diagnosticados cerca de 1621 novos casos no Brasil. Este trabalho é um estudo, que teve como objetivo relatar o caso de uma paciente do sexo feminino com 34 anos diagnosticada com LMC em fase acelerada, relacionando os exames laboratoriais que embasaram o diagnóstico e destacando as alterações no hemograma, tais como: anemia, leucocitose, neutropenia e presença de células imaturas. Esses parâmetros foram fundamentais para avaliar a evolução da doença e efetividade do tratamento. A partir desse trabalho, foi possível concluir que, mesmo com diagnóstico tardio é possível reduzir a proliferação da doença pelo tratamento com a medicação Imatinibe.
Palavras-chave: Leucemia; LMC; Esplenomegalia; Leucocitose; Cromossomo Philadelphia.
INTRODUÇÃO
A Leucemia Mielóide Crônica (LMC), é uma doença mieloproliferativa crônica, reconhecida por leucocitose com desvio à esquerda, esplenomegalia e pela presença de cromossomo Philadelphia (Ph), que resulta da translocação recíproca e equilibrada entre os braços longos dos cromossomos 9q34 e 22q11, gerando a proteína híbrida Breakpoint Cluster Region (BCR) – Abelson Leukemia Gene (ABL), com atividade elevada de tirosina quinase. A proteína BCR-ABL está presente em todos os pacientes com LMC e sua hiperatividade desencadeia liberação de efetores da proliferação celular e inibidores de apoptose, sendo sua atividade responsável pela oncogênese inicial da LMC (BORTOLHEIRO; CHIATTONE, 2008).
A importância de estimular o conhecimento sobre a leucemia é de grande valor em nossa sociedade brasileira. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) supõe que a cada triênio, são diagnosticados cerca de 10810 novos casos, com predomínio no sexo masculino, sendo desses casos 15% referente a Leucemia Mielóide Crônica (RIBEIRO; INUMARO, 2020).
A LMC pode ser dividida em três fases: fase crônica (com blastos em até 10%), fase acelerada (blastos de 10-19%) e crise blástica (blastos >20%). Cerca de 20% dos pacientes descobrem a doença na fase crônica, sendo desses, 20-45% são assintomáticos (BOLLMANN; GIGLIO, 2011).
Há poucos anos, a LMC deixou de ser uma doença fatal para ser reconhecida como um distúrbio que, com o uso da medicação oral, pode ser controlada e dar ao paciente uma expectativa de vida. Essa transformação foi capaz graças a um entendimento e estudo profundo de patogênese molecular e aprimoramento de drogas seletivas e direcionadas a doença (APPERLEY, 2015).
Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi relatar um caso de Leucemia Mielóide Crônica, compreendendo a complexidade e agressividade da doença, destacando aos profissionais da saúde os sintomas presentes e a necessidade de um diagnóstico precoce.
Gabriela Victória de Mello Jantzch; Eloir Dutra Lourenço
Universidade Feevale
Autor correspondente: Gabriela Victória de Mello Jantzch E-mail: gaby.jantzch@gmail.com
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