Essa relação perigosa é evitada em vários países, inclusive no Brasil
Há alguns anos, os concursos públicos, para contratação das mais diferentes polícias, têm exigido em seus editais além de provas escritas, psicológicas e físicas, o exame toxicológico de larga janela, aquele que é feito com pelos ou cabelos do corpo e detecta os mais diversos tipos de drogas em um espaço de até 90 dias.
Aqui no Brasil, esse tipo de exame começou no ano 2000, com a chegada do líder mundial nesse tipo de exame, a Psychemedics Corporation e a Guarda Municipal de São Bernardo do Campo.
O exemplo da pioneira guarnição na época com cerca de 200 homens começou a ser seguido por várias outras corporações. O primeiro a aderir foi o Estado do Ceará. Desde os anos 2000 que todos os policiais civis e militares passam pelo exame. O Ceará foi logo seguido por Santa Catarina e pela Polícia Federal.
Atualmente praticamente todos os policiais do país passam pelo exame toxicológico de larga janela, seja em sua admissão ou nos testes randômicos.
O teste toxicológico de larga janela é adotado também em outras profissões de risco, no Brasil e em vários outros países. É o caso dos pilotos da aviação comercial. Os testes são exigidos na contratação e também em sorteios aleatórios. Funcionários que trabalham em áreas com risco de incêndio, como o setor de abastecimento de aeronaves, plataformas de petróleo e afins.
Mais recentemente, em março do ano passado, motoristas profissionais de ônibus e caminhão, ou seja, portadores da CNH C, D e E passaram a ter a obrigatoriedade do teste toxicológico de larga janela tanto na primeira habilitação quanto na renovação. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, após a adoção do exame toxicológico, os acidentes nas estradas federais sofreram uma queda de 38%.
Com base nas análises realizadas pela Psychemedics desde ano 2000 a droga que aparece em primeiro lugar no ranking de consumo é a cocaína, em mais da metade dos exames positivos. Outras drogas que também merecem destaque são as anfetaminas e os opiáceos.
Uma análise mais profunda das informações contidas nesses resultados quando comparados com a atual eficiência dos profissionais que estão diretamente atuando em profissões de risco fica claro quanto pode ser nociva para si e para a sociedade o uso de qualquer droga antes, durante ou depois da atividade profissional. Um policial, um piloto de avião, um caminhoneiro precisa estar alerta, concentrado, com todos seus sentidos em estado normal. Quando uma pessoa que atua em uma profissão de risco consome qualquer substância psicoativa tem muito mais chance de se envolver em um acidente.
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