de Torres Santos AP, Martins Silva VC, Mendes-Corrêa MC, Lemos MF, de Mello Malta F, Santana RAF, Dastoli GTF, de Castro VFD, Pinho JRR, Moreira RC. Prevalência e padrão de resistência em NS5A / NS5B em pacientes crônicos com hepatite C, genótipo 3, examinados em um laboratório de saúde pública do Estado de São Paulo, Brasil. Infect Drug Resist . 2021; 14: 723-730
https://doi.org/10.2147/IDR.S247071
1 Laboratório de Hepatites Virais, Centro de Virologia, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP, Brasil; 2Divisão de Laboratório Central, Laboratório de Imunologia, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; 3 LIM-52-Instituto de Medicina Tropical, Departamento de Doenças Infecciosas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; 4 Laboratório de Gastroenterologia e Hepatologia Tropical “João de Queiroz e Castorina Bettencourt Alves” ‑LIM 07 ‑ Instituto de Medicina Tropical Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; 5 Albert Einstein Medicina Diagnóstica, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
Objetivo:
Globalmente, estima-se que 71 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas com hepatite C e 10-20% dessas desenvolverão cirrose e carcinoma hepatocelular. O desenvolvimento de novos medicamentos antivirais de ação direta (DAA) tem contribuído para a resposta virológica sustentada (RVS), eliminando a infecção e alcançando a cura da hepatite C crônica. No entanto, os pacientes tratados podem desenvolver resistência ao HCV aos DAAs, o que pode contribuir para a falha de tratamento. Objetivamos avaliar a prevalência e o padrão específico das substituições associadas à resistência (RAS) de NS5A e NS5B em amostras de pacientes cronicamente infectados com o genótipo 3a do HCV em um laboratório de saúde pública, Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil.
Pacientes e métodos:
As amostras de soro dos indivíduos inscritos foram submetidas à amplificação “in-house” da reação em cadeia da polimerase dos genes das proteínas não estruturais NS5A e NS5B, que foram sequenciadas pelo método de Sanger.
Resultados:
Um total de 170 e 190 amostras foram amplificadas e analisadas para NS5A e NS5B, respectivamente. Para NS5A, 20 (12,0%) amostras apresentaram algum RAS importante; 16 (9,0%) apresentaram algum tipo de substituição e 134 (79,0%) não apresentaram polimorfismo. Nenhuma amostra mostrou qualquer RAS para NS5B.
Conclusão:
Este estudo encontrou RAS importante em amostras de pacientes com HCV crônicos naïve em algumas áreas de São Paulo. Os mais prevalentes foram A62S, A30K e Y93H, o que pode indicar um aumento na resistência a alguns DAAs usados no tratamento do HCV.
Palavras-chave: HCV, NS5A / NS5B não estrutural, resistência, polimorfismo, RAS
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