A atividade de Controle de Dopagem no Esporte completou 50 anos, e a partir da criação da Agência Mundial Antidopagem, em 1999, a atividade adquiriu um ritmo de evolução acelerado. Hoje, a ciência antidopagem se tornou um campo multidisciplinar, onde a toxicologia forense avança a cada ano.
Durante o 6º Congresso Analitica, realizado entre os dias 24 e 26 de setembro, o coordenador do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, Henrique Marcelo Gualberto apresentou o que é considerado o Estado da Arte na detecção antidopagem, as principais estratégias analíticas, assim como importância da evolução tecnológica da instrumentação.
“Mais de 99% dos casos de doping são observados pela presença de substâncias proibidas, então temos um papel muito particular em relação a ciência forense, que também conhecemos como controle de dopagem no esporte, que faz com que nossa área seja algo muito singular”, explica.
Além dos dopantes clássicos citados na apresentação, como diuréticos, narcóticos, agentes anabólicos ou estimulantes, o pesquisador também ressaltou a descoberta da nova geração de substâncias proibidas, como o Cobalto, Xenônio e outros agentes ativadores de hipóxia (HIF). Ele explica que o desafio para detecta-las está se tornando cada vez mais descomplicado a partir da tecnologia forense.
“Os principais métodos para a detecção de dopagem são a cromatografia gasosa ou líquida acoplada ao espectrômetro de massas, sendo atualmente os mais utilizados em análises laboratoriais de dopagem por esteroides”, contou, ressaltando a importância da Química Forense na detecção e quantificação detalhada de substâncias proibidas na prática esportiva.
A ciência forense é considerada uma área interdisciplinar, pois envolve física, química, biologia, entre outras. Tem como objetivo principal o suporte a investigações referentes a justiça civil e criminal.
Estratégias e métodos para controle de dopagem no esporte são amplamente discutidos entre acadêmicos e a indústria científica próximo às Olimpíadas 2020.
Com informações de Talk Science.