De acordo com um estudo publicado on-line em 10 de agosto no periódico European Journal of Heart Failure, a área da pupila é um preditor independente de mortalidade por todas as causas e de nova hospitalização por insuficiência cardíaca.
Kohei Nozaki, do Hospital Universitário de Kitasato em Kanagawa, Japão, e colegas examinaram se a área da pupila poderia ser usada como um indicador prognóstico em 870 pacientes consecutivos hospitalizados com insuficiência cardíaca (idade média de 67,0 anos; 37,0% mulheres).
Os pesquisadores observaram que, durante um acompanhamento mediano de 1,9 anos, 131 pacientes morreram e 328 pacientes foram hospitalizados novamente por insuficiência cardíaca. A área da pupila demonstrou estar independentemente associada à mortalidade por todas as causas (proporção de risco de 0,72) e à nova hospitalização por insuficiência cardíaca (proporção de risco de 0,82), depois de ajustar quanto aos fatores prognósticos preexistentes, incluindo a pontuação de insuficiência cardíaca de Seattle (Seattle Heart Failure Score, SHFS). A área sob a curva de característica de operação do receptor foi significativamente aumentada para mortalidade por todas as causas (0,69 versus 0,72, respectivamente) com a adição da área da pupila ao SHFS.
“A área da pupila pode ser obtida de forma rápida, fácil e não invasiva. Nosso estudo indica que esse sinal poderia ser usado na prática clínica diária como preditor prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca, incluindo aqueles que também apresentam fibrilação atrial”, disse Nozaki em uma declaração. “Pacientes com uma área de pupila pequena (p. ex., menos de 16,6 mm²) poderiam ser priorizados na reabilitação cardíaca com atividade física, que segundo relatos melhora a função autonômica.”
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ehf2.12933
Com informações de HealthDay.