Quando o paciente precisa tomar um medicamento, o farmacêutico é fundamental para que a terapia seja bem-sucedida. No entanto, mesmo recebendo as informações necessárias, muitas pessoas se medicam de forma errada. Nesse sentido, a startup etectRx criou uma pílula inteligente que consegue identificar se a pessoa está se medicando na hora e na dose corretas.
Intitulado ID-Cap System, a cápsula gelatinosa é um medicamento comum, entretanto, possui um sensor wireless interno, que é imediatamente ativado ao chegar no estômago.
A partir disso, um leitor, que fica em um colar, recebe os dados os envia para um aplicativo próprio que, por enquanto, está disponível apenas para os médicos, mas que, no futuro, deverá também ser direcionado aos farmacêuticos, já que são eles os profissionais responsáveis pelo acompanhamento da terapia do paciente.
As primeiras análises foram concluídas com sucesso em pessoas que tratavam HIV, tuberculose e câncer. Nos Estados Unidos, as smart pills (pílulas inteligentes, em livre tradução) já estão aprovadas para comercialização.
De acordo com informação divulgada no site UOL, a startup já está desenvolvendo uma nova geração de pílulas. Os novos produtos terão ainda mais sistemas tecnológicos, pois serão compostos com microcomputadores programados para liberar o medicamento, por meio do DNA, caso o dispositivo detecte sinais de perigo nas células. A ação é conhecida como computação molecular.
Os perigos do uso indevido de medicamentos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando em uma iniciativa, intitulada Global Patient Safety Challenge on Medication Safety, que visa reduzir pela metade o número de problemas evitáveis relacionados ao uso indevido de medicamentos. A meta é alcançar uma redução de 50% dos casos, até 2022. Nesse sentido, o farmacêutico é o grande aliado dessa força-tarefa.
Nos Estados Unidos, por exemplo, equívocos na prescrição e no consumo de medicamentos causam uma morte por dia. De acordo com os dados divulgados pela organização, esse cenário prejudica, todos os anos, a saúde de 1,3 milhão de pessoas.
Na ação, a OMS convoca Estados e membros da saúde, como farmacêuticos, por exemplo, na intenção de reduzir esse cenário. “Todos nós esperamos ser ajudados, não prejudicados, quando tomamos uma medicação”, disse a diretora-geral da instituição, Margaret Chan. “Além do custo humano, os erros de medicação colocam uma enorme e desnecessária pressão sobre os orçamentos de saúde. Prevenir erros economiza dinheiro e salva vidas”.
O projeto é composto por ações e desafios com foco nos seguintes aspectos: pacientes e público; profissionais de saúde; medicamentos como produtos; e sistemas e práticas de medicação.
Vale ressaltar ainda que o órgão faz um apelo completamente voltado ao trabalho dos farmacêuticos. A organização pede que os profissionais de saúde orientem melhor os pacientes, principalmente, aqueles que fazem uso de múltiplos medicamentos, para diferentes problemas de saúde.
Segundo a OMS, a iniciativa visa à promoção de melhorias nos diversos estágios de consumo de um determinado medicamento, incluindo a prescrição, a dispensação, a administração e o monitoramento em relação ao uso.
Com informações de ICTQ.