Genera analisa o metabolismo a partir de DNA e ajuda a evitar toxicidade e a adequar dose de remédios. Laboratório brasileiro desenvolve teste mais acessível
Whindersson Nunes, Adele, Jim Carrey e Demi Lovato são algumas das grandes personalidades que enfrentam uma luta diária contra a depressão – considerada o mal do século. E eles não estão sozinhos.
No Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com o transtorno, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mesmo com a diversidade de tratamentos disponíveis, pacientes e psiquiatras enfrentam a exaustiva fase de tentativa e erro para descobrir a terapia mais adequada.
Porém, a partir de uma amostra de sangue ou de saliva é possível compreender a reação de cada indivíduo a determinados medicamentos e, assim, alcançar o maior sucesso na prescrição.
Foi com base nas variantes genéticas mais comuns entre os brasileiros que a Genera (www.genera.com.br) desenvolveu o teste farmacogenético que analisa as duas principais enzimas que metabolizam grande parte das medicações psiquiátricas.
“Quase 50% dos pacientes com depressão e em torno de 25% dos quadros de ansiedade não têm uma resposta positiva ao primeiro tratamento, em razão das particularidades dos fármacos e o tempo de metabolismo da pessoa”, diz Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador do laboratório.
Isso pode fazer com que um medicamento não tenha o efeito desejado ou até que venha a ser tóxico.
O resultado do exame permite ao médico conhecer o perfil de metabolização dos principais remédios e indicar com precisão os mais recomendados e nas dosagens ideais.
“A medicina personalizada é uma realidade, e mostra cada vez mais força dentro de áreas como a psiquiatria, principalmente porque nosso maior desafio é a remissão completa de sintomas”, conta Henrique Garcia da Costa, psiquiatra parceiro da Genera.
Personalizado e acessível
O alto custo para adquirir o resultado assusta: ele pode chegar a R$ 6 mil. Mas, para que mais pacientes possam ter acesso ao devido tratamento, o laboratório oferece o teste com valor mais acessível.
“A metodologia do exame consiste na genotipagem das variantes dos genes CYP2D6 e CYP2C19 mais presentes nos brasileiros e não no sequenciamento completo, como costuma-se fazer.
Dessa forma a quantidade de reagentes necessária é menor, o que reflete em um preço reduzido e a entrega da análise é mais rápida sem comprometer a qualidade do resultado para a população brasileira”,
explica di Lazzaro.