A demência frontotemporal é uma doença neurodegenerativa que afeta diversos aspectos do indivíduo, como a personalidade, linguagem, atenção e memória, embora o último possua intensidade menor do que no Alzheimer.
Ainda não há consenso sobre a forma como a doença se desenvolve, mas ela pode estar ligada tanto a fatores genéticos, quanto ao estilo de vida, alcoolismo, tabagismo e sedentarismo podem facilitar seu surgimento. Ela ocorre devido a alterações que geram aglomerados de proteínas no interior das células cerebrais, o que as impede de funcionar adequadamente, normalmente esse acúmulo de proteínas ocorre em áreas como o lobo frontal e temporal do cérebro.
A demência frontotemporal afeta normalmente pessoas com mais de 65 anos e pode ter início com sinais pouco perceptíveis, como mudanças leves na personalidade que se agravam com o passar do tempo, fazendo o indivíduo se tornar mais desinibido e ter interesse por temas que antes não possuía, aumentar o interesse por sexo, desenvolver comportamentos compulsivos, também causa afasia, dificuldades em utiilizar e compreender a linguagem e perda de atenção.
O seu diagnóstico é feito através da busca de sinais da doença e exclusão de outras causas por meio de avaliação médica e testes neurológicos, mas também podem ser utilizadas tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas.
Atualmente, não há cura para a demência frontotemporal ou até mesmo tratamentos que retardem a sua evolução, no entanto, existem técnicas que podem ser usadas para controlar melhor seus sintomas, como uso de determinados medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia, estímulo da comunicação e participação de grupos de apoio, o que ajuda a dar uma melhor qualidade de vida ao indivíduo.
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.
Créditos – Foto: Divulgação / MF Press Global
Coluna – Dr. Fabiano de Abreu