Especialidade pode detectar lesões antes das alterações anatômicas e permite tratamento eficaz para doenças como câncer, doenças renais e refluxo infantil
Dados do Planejamento Institucional 2012-2015 da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), indicam que dois milhões de pessoas se submetam anualmente a procedimentos de medicina nuclear no Brasil. A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) acredita que deste total aproximadamente 100 mil sejam referentes à pediatria.
Os procedimentos de medicina nuclear são indicados para crianças, pois além de serem pouco invasivos, são capazes de detectar as alterações funcionais do organismo acometido por algumas doenças do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético.
A cintilografia – procedimento diagnóstico por imagem a partir da radiação emitida pelo órgão que está sendo examinado – é um dos exames mais utilizados em crianças. O exame é realizado com a administração de radiofármacos, por injeção, ingestão ou inalação, com a finalidade de diagnosticar, tratar e/ou acompanhar a evolução da doença. “A exposição à radiação é mínima e não há contraindicações nem riscos para os pequenos pacientes”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br).
Outro procedimento é o exame PET/CT, que pode diagnosticar tumores malignos da infância, como linfomas, neuroblastomas e tumores ósseos primários. Outros recursos de Medicina Nuclear aplicado em crianças são: Estudo renal dinâmico (para avaliar dilatações do sistema urinário), Cintilografia renal estática, Pesquisa de refluxo gastroesofágico e quantificação do esvaziamento gástrico e Cintilografia Óssea.
Medicina Nuclear
Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a especialidade analisa a anatomia dos órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e tratamentos mais precoces e precisos. A prática atua na detecção de alterações das funções do organismo acometidos por cânceres, doenças do coração e problemas neurológicos, entre outros.
A medicina nuclear conta com exames de alta tecnologia, como o PET/CT, que é capaz de realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas de altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas. O SPECT/CT é a tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento mais preciso e menos invasivo.