No final de 2024, cerca de 40,8 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo. No Brasil, existe aproximadamente 1 milhão de pessoas vivendo com o HIV, temos uma média anual de 36 mil casos novos e o mais preocupante estima-se 140 mil pessoas portadoras do vírus, mas que desconhecem essa situação.
O monitoramento epidemiológico mostra que os casos seguem concentrados em populações-chave como HSH (homens que fazem sexo com homens), profissionais do sexo, pessoas trans, usuários de drogas injetáveis e pessoas privadas de liberdade — e em jovens de 15 a 24 anos, além de crianças expostas ao HIV.
Ampliar testagem e consequentemente o tratamento segue sendo uma prioridade nacional.
Como testar — o que importa saber
De acordo com a diretora técnica da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Josely Chiarella, há testes e exames à disposição da população para a prevenção do HIV/AIDS:
Testes rápidos: feitos em serviços de saúde, unidades básicas e farmácias autorizadas, dão resultado em minutos. Resultados reagentes precisam de confirmação laboratorial. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, para confirmar um diagnóstico, mesmo os testes feitos em laboratório, precisam ser confirmados por dois testes diferentes;
Autoteste (self-test): permite testar a presença do vírus em casa, com saliva ou gota de sangue. Os autotestes estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou nas unidades básicas (UBS). Em São Paulo podemos retirar o kit de autoteste em uma das 28 unidades municipais especializadas em IST/Aids da capital paulista e nas 17 unidades 24 horas parceiras. Resultados positivos devem ser confirmados no serviço de saúde;
Carga viral (PCR): usada para acompanhamento de quem vive com HIV. É uma medida feita a partir do sangue que indica cópias do vírus/ml. Quando o tratamento antiretroviral (TARV) é efetivo ele suprime a carga viral para níveis indetectáveis (abaixo de 20-50 cópias/ml). Esses níveis são os desejados para uma vida saudável e prevenção da transmissão sexual.

Let’s Test
“Testar é proteger. É crucial procurar um local de testagem rápida, ou buscar por um autoteste quando preferir privacidade. Se o teste for positivo, o tratamento é efetivo, disponível pelo SUS, e salva vidas. Espalhe informação, combata o estigma”, conclui Josely.
CBDL
Criada em 1991, a CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial é a principal entidade representativa do Brasil da indústria de diagnóstico in vitro. Tem como missão orientar e apoiar seus associados, promover o intercâmbio e troca de informações, bem como aperfeiçoar os fundamentos técnicos e científicos da área de IVD. Neste sentido, tem trabalhado em conjunto com diversas entidades atuantes no setor de diagnósticos, no Brasil e no exterior.
Tem sido uma importante aliada da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na discussão e consolidação das normas e regulamentos que hoje regulam o setor de Diagnósticos no Brasil. Por outro lado, participa ativamente em eventos como congressos e feiras, sempre em conjunto com entidades médicas ou sociedades científicas.
Conta hoje com quase uma centena de integrantes, dentre os quais, diversas companhias nacionais e multinacionais, que representam mais de 70% do mercado brasileiro de Diagnóstico In Vitro.
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