Resumo: A função primordial dos rins é a manutenção da homeostasia, regulando o meio interno predominantemente pela reabsorção de substâncias e íons filtrados nos glomérulos e excreção de outras substâncias. Medir adequadamente a função renal é importante para fazer o diagnóstico e proceder ao tratamento das doenças renais. O reconhecimento da doença renal crônica nos estágios inicias e o encaminhamento precoce ao nefrologista são fundamentais para o retardo na evolução da doença e para a diminuição do aporte de indivíduos às terapias renais de substituição. O transplante é a alternativa mais custo-efetiva dentre as terapias de substituição renal. O número de transplantes no Brasil cresceu de 4.656 no ano de 2010, para 4.975 no ano de 2011, 5.413 no ano de 2012, 5.447 no ano de 2013 e 5.639 no ano de 2014. O presente estudo foi realizado na Fundação Pró-Rim de Joinville- SC, especializada em transplante renal e hemodiálise. As coletas foram realizadas através da análise do prontuário de cada paciente. Foram incluídos na análise o prontuário de 76 pacientes maiores de 18 anos, de ambos os gêneros, submetidos ao transplante renal durante o período de janeiro adezembro de 2014. Os parâmetros bioquímicos (ureia e creatinina) bem como os parâmetros hematológicos (leucócitos, hemoglobina e hematócrito) foram analisados nas fases pré-transplante, pós-transplante e 3 meses pós-transplante. Os dados referentes à idade, gênero, doença de base, parâmetros bioquímicos e hematológicos e o perfil HLA foram obtidos através de pesquisa do prontuário de cada paciente. Os resultados mostraram maior prevalência do gênero masculino; idade >40 anos e na doença de base a hipertensão arterial foi a mais predominante, seguida de rins policísticos e hipertensão arterial e por último diabetes mellitus e hipertensão arterial. Os transplantes com doador falecido tiveram maior incidência e a compatibilidade HLA distinto foi a mais significante. Os parâmetros creatinina, ureia, hemoglobina, hematócrito e leucócitos, bem como a análise do HLA versus creatinina obtiveram significância em algumas das fases analisadas considerando o valor de p <0,05. A partir da análise dos resultados, fica evidente a necessidade de maior atenção voltada para a prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento do tratamento das patologias, tais como hipertensão arterial e diabetes mellitus, a fim de diminuir a incidência das mesmas e consequentemente a ocorrência da insuficiência renal crônica.
Palavra- chave: Transplante renal e biomarcadores.
Autores: Aline Biava, Cristiane Batista de Souza, Daniela Delwing de Lima e Sílvia Aparecida Ramos
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