Por: Dra Andrea Melo
Crianças com autismo podem apresentar até 3,6 vezes mais risco de desenvolver bruxismo do que crianças neurotípicas, segundo estudos recentes. O bruxismo é o hábito involuntário de ranger ou apertar os dentes, especialmente durante o sono. Esse comportamento pode causar desgaste nos dentes, dores faciais, dores de cabeça e está relacionado a distúrbios no sono. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre de bruxismo.E no Brasil esse número chega a 40%
Enquanto fatores como estresse, tabagismo e apneia do sono são bem conhecidos como causadores, poucos sabem que o autismo também pode aumentar as chances de desenvolver o problema.
Qual a Relação entre Bruxismo e Autismo?
Estudos indicam que crianças autistas têm até 3,6 vezes mais chances de desenvolver bruxismo em comparação com crianças neurotípicas. Ainda que a ciência não tenha uma explicação completa para essa ligação, acredita-se que a ansiedade, comum em crianças autistas, e comportamentos como morder objetos, sugar brinquedos e respirar pela boca possam estar relacionados ao surgimento do bruxismo.
Principais Sintomas do Bruxismo
– Ranger ou apertar involuntariamente os dentes, especialmente à noite;
– Dor de cabeça ao acordar;
– Dores na mandíbula ou face;
– Desgaste dos dentes;
– Alta sensibilidade dental.
A Importância de Tratar o Bruxismo em Crianças
Embora o bruxismo seja mais comum em adultos, ele também afeta crianças e, nesse caso, pode ter consequências mais sérias, como prejudicar o desenvolvimento dos dentes. Por isso, identificar o problema cedo e iniciar o tratamento é fundamental para evitar complicações e melhorar o bem-estar da criança.
O acompanhamento adequado garante que o desenvolvimento dentário ocorra de forma saudável e ajuda a evitar estresse e ansiedade. Manter-se atento aos sinais do bruxismo nos pequenos e buscar o apoio de um profissional desde cedo pode garantir uma melhor qualidade de vida e controle dessa condição.