De acordo com um estudo publicado on-line em 23 de agosto de 2019 no periódico The Lancet Neurology, a concentração plasmática de proteína glial fibrilar ácida (GFAP) pode auxiliar na detecção de traumatismo cranioencefálico (TCE) identificando pacientes com achados negativos na tomografia computadorizada (TC) que podem precisar de ressonância magnética (RM) e acompanhamento adicional.
Dr. John K. Yue, da Universidade da Califórnia em São Francisco, e colegas conduziram um estudo prospectivo envolvendo pacientes com TCE que foram submetidos a uma TC craniana, com indicação clínica, dentro de 24 horas da lesão. O estudo incluiu 450 pacientes com achados normais na TC e que foram submetidos a uma RM sete a 18 dias após a lesão. Os achados da RM foram comparados aos achados de 122 controles de trauma ortopédico e 209 controles saudáveis. Foi avaliada a capacidade discriminativa das concentrações plasmáticas de GFAP para exames de RM positivos.
Os pesquisadores observaram que, em 24 horas, a área sob a curva da característica de operação do receptor para GFAP foi de 0,777 em pacientes com achados negativos para TC e positivos para RM versus pacientes com achados negativos para TC e negativos para RM. A maior concentração plasmática mediana de GFAP foi observada em pacientes com achados negativos para TC e positivos para RM, seguido por achados negativos para TC e negativos para RM, trauma ortopédico e controles saudáveis (respectivamente, 414,4, 74,0, 13,1 e 8,0 pg/ml).
“A análise das concentrações de GFAP no sangue dentro de 24 horas da lesão pode melhorar a detecção de TCE e auxiliar na identificação de pacientes que precisam de uma RM subsequente e de acompanhamento”, escreveram os autores.
Com informações de HealthDay.