Recentemente, o hipnótico utilizado para o tratamento de insônia, Zolpidem, viralizou na internet após diversos relatos de efeitos alucinógenos após o uso da medicação, no entanto, o que deveria ser um sinal de alerta para o uso incorreto do medicamento surtiu efeito contrário e acabou iniciando uma onde do uso de Zolpidem de forma recreativa.
Zolpidem não é LSD, não é uma droga recreativa e não deve ser usada como tal, o hipnótico tem efeitos indutores do sono que funcionam de forma imediata, é como se eu cérebro ‘apagasse’ ´pouco tempo após o uso do medicamento, seu uso deve ser feito sob orientação médica e, mesmo assim, não deve ultrapassar quatro semanas.
O uso indiscriminado da medicação como alucinógeno recreativo pode causar uma série de efeitos adversos como dores de cabeça, náusea, sonolência, tontura, visão dupla, perda de memórias de curto prazo e alucinações, o que pode ser perigoso visto que o indivíduo não tem consciência das suas ações.
Se for utilizado por mais tempo que o indicado o medicamento pode alterar o ciclo do sono do indivíduo, causando comportamentos anormais, além de ter alto risco de acidentes ou lesões que podem ocorrer durante as alucinações, overdose, SUD – Transtorno por uso de substâncias, câncer e pode levar até à morte.
Todo medicamento deve ser tomado apenas sob orientação médica, quando tomamos medicamentos sem necessidade e em excesso, causamos perigosas disfunções podendo desordenar nosso organismo acarretando em doenças e/ou riscos de morte seja em curto ou longo prazo.
Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.