Exame disponível no Laboratório Lustosa é realizado em amostra coletada na mucosa jugal (bochecha) a partir dos primeiros dias de vida do bebê
A primeira preocupação dos pais logo após o nascimento de um bebê é ter a garantia de que tudo está bem com ele. Com base nessa preocupação, atualmente existe um procedimento que não só identifica se há algum problema tratável com a criança, mas também se ela pode desenvolver uma doença grave no futuro. Esse é o chamado Teste da Bochechinha, que utiliza a amostra do material genético retirado da raspagem suave da bochecha interna da criança para essa triagem e que já está disponível no Laboratório Lustosa.
O procedimento é uma complementação do conhecido Teste do Pezinho, oferecido na rede pública de saúde, e do Teste do Pezinho Ampliado, disponível na rede particular. No entanto, enquanto o exame tradicional identifica apenas seis doenças graves e o ampliado cerca de 50, o da Bochechinha pode identificar mais de 300 doenças de origem genética, como erros de metabolismo, deficiências de vitaminas e minerais, neoplasias, surdez e doenças renais, hematológicas, endócrinas e imunológicas.
“Muitas dessas doenças são ‘silenciosas’ nos primeiros anos de vida, ou seja, não possuem sintomas aparentes e podem se manifestar somente anos mais tarde, já com risco de comprometimento da saúde da pessoa”, afirma a assessora em genética e genômica do Laboratório Lustosa, Fernanda Soardi.
Teste sem coleta de sangue
A amostra para o Teste da Bochechinha é coletada em domicílio pela equipe do Laboratório Lustosa. De forma simplificada, a coleta é realizada com um swab específico que será gentilmente passado na parte interna da bochecha de maneira a não gerar incômodo para a criança. Só é necessário um jejum de 30 minutos e uma leve higienização da bochecha com uma gaze antes da realização do procedimento.
O teste pode ser feito em bebês maiores ou durante a primeira infância em crianças assintomáticas. Porém, acima dos 10 anos de idade os benefícios do exame já não são tão relevantes. “Muitas pessoas têm medo de receber um diagnóstico de uma doença séria em um bebê de poucos dias de vida, mas é preciso se conscientizar de que a detecção precoce é o melhor cenário. Às vezes, o tratamento pode se resumir a cuidados especiais com a alimentação, sem prejuízo para o desenvolvimento da criança”, conclui a especialista.
É bom destacar ainda que o Teste da Bochechinha aponta causas genéticas de doenças e não substitui o Teste do Pezinho. O exame disponível no SUS pode identificar doenças de origem não-genética, como o hipotireoidismo congênito. Por isso, o exame da bochechinha deve ser complementar.
Exame patenteado Mendelics.