Vacina: a palavra poderosa dá nome a uma dose de esperança aguardada pelo Brasil desde março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus chegou ao país – mas gera também uma série de dúvidas, informações desencontradas ou mesmo dados deliberadamente falsos.
Já em junho de 2021, enquanto quatro imunizantes cumprem o papel de tentar livrar a população de adoecimento, hospitalizações e mortes pela COVID-19, ao lado da certeza de que a vacinação salva vidas, novas perguntas surgem. Principalmente para quem testou positivo para a doença mesmo após ter recebido a dose ou conhece alguém nessa situação.
O que mais importa para eles é que a aplicação impediu que a doença se manifestasse de forma agressiva. Mas por que a infecção acontece? Como tem sido o quadro desses pacientes? Qual o período ideal para que o organismo crie anticorpos contra o Sars-Cov-2? Já é possível aglomerar e esquecer a máscara? A reportagem do Estado de Minas procurou respostas a essas questões com fabricantes e especialistas.
Para início de conversa, é preciso compreender que as vacinas são o primeiro passo para o fim da pandemia do novo coronavírus, mas a imunidade não começa imediatamente depois de tomar o imunizante, e nem mesmo logo após a necessária segunda dose. Caso uma pessoa tenha COVID-19 logo após se imunizar, isso não significa que a vacina não funcionou, mas que seu o sistema imunológico não teve tempo suficiente para reagir à vacinação e criar resposta imune, explicam especialistas.
Apesar disso, o Ministério da Saúde só anunciou a chegada dos imunizantes na primeira semana de junho. O governo terá de 10 a 14 dias para receber, distribuir e aplicar as doses que chegaram ao Brasil na terça-feira (15/06) porque a primeira remessa terá 3 milhões de doses cuja validade vai expirar em 27 de junho, segundo informação do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Imunização em massa para proteção de todos
“As pessoas que se vacinaram devem manter todas as medidas protetivas ainda, como distanciamento social, uso de máscaras e lavagem das mãos”, alerta Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.