Há poucos meses da chegada do verão, especialistas alertam que o Brasil pode ter novas epidemias de Arboviroses. Isso acontece porque essa época do ano é conhecida pela temporada de chuvas em boa parte do país, e com as águas acumuladas em locais indevidos os mosquitos transmissores das arboviroses encontram seu habitat ideal para se proliferar. Além disso, devido ao clima mais quente e úmido, os ovos do mosquito se abrem com mais facilidade, aumentando a proliferação do inseto.
Dentre as arboviroses, podemos citar a Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre amarela, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Além desses doenças, há relatos no Brasil do Mayaro Vírus.
Mayaro vírus é um arbovírus que pertence ao gênero Alphavirus, da família Togaviridae e é transmitido pelo mosquito do gênero Haemagogus. Alguns estudos evidenciaram que o Aedes aegypti também poderia servir como um vetor para esse vírus.
O MAYV está presente na América Central e América do Sul, especialmente nas regiões próximas da bacia Amazônica e foi isolado pela primeira vez em 1954 através de amostra de sangue de trabalhadores florestais em Mayaro (Trinidad). A partir de então, a epidemia foi descrita no Brasil (1955, 1978) e na Bolívia (1955), e surtos esporádicos de febre de Mayaro foram observados no Peru, Venezuela e Guiana Francesa.
Conforme dados do Ministério da Saúde, no Brasil, entre dezembro de 2014 e janeiro de 2016, foram registrados 343 casos humanos suspeitos de doença pelo vírus Mayaro. Os casos suspeitos foram identificados em onze estados distribuídos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com destaque para o estado de Goiás com a maior frequência 183 (53,3%), seguido do Pará com 68 (19,8%) e Tocantins, com 25 (7,2%) casos suspeitos. Entre os casos notificados, 70 (20,4%) foram confirmados, 29 (8,4%) foram descartados e 244 (71,3%) permanecem em investigação, aguardando os resultados laboratoriais.
A febre Mayaro, causada pelo MAYV é clinicamente indistinguível da febre da Dengue, Chikungunya e febre de Oropouche e de outras doenças causadas por arboviroses. A detecção direta do vírus no sangue é geralmente só é possível por 3 a 5 dias após início dos sintomas. O diagnóstico de infecção por vírus Mayaro pode ser suportada pela detecção de anticorpos usando o Anti-Mayaro Vírus ELISA (IgG, IgM).
Anticorpos IgM específicos para o MAYV podem ser detectados na fase inicial da doença, muitas vezes apenas alguns dias após o início dos sintomas. A soroconversão ou um aumento significativo do título de IgG no período de 7 a 10 dias indica uma infecção aguda.
Para auxiliar no diagnóstico de Mayaro Vírus, a EUROIMMUN disponibiliza teste ELISA para detecção de anticorpos, que atualmente aguarda registro na ANVISA para iniciar a comercialização.
Algumas características do teste:
- O teste ELISA possui sensibilidade de 100% e especificidade maior que 92% (IgG e IgM);
- Baseado em proteína estrutural recombinante produzida na EUROIMMUN;
- Teste ideal para triagem, confirmação e controle de surtos;
- Automatização nas etapas de encubação e avaliação.
Vale a pena ressaltar que a prevenção para essas doenças ainda continua sendo o melhor remédio para se evitar o contágio, e nesse cenário as campanhas educativas possuem um papel fundamental.
Sobre a EUROIMMUN
Líder mundial em soluções para diagnóstico laboratorial, a EUROIMMUN possui um sólido registro de patentes e métodos inovadores de produção. Com mais de 30 anos de atuação no mercado global, a empresa é especializada no diagnóstico de doenças autoimunes, infecciosas, alergias e genética. Os métodos predominantes aplicados no desenvolvimento dos seus produtos são a imunofluorescência, ELISA, imunoblot e biologia molecular.