Visão geral de privacidade
Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o bom funcionamento do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, anonimamente.
Os cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

No cookies to display.

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

No cookies to display.

Os cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas de número de visitantes, taxa de rejeição, origem de tráfego, etc.

No cookies to display.

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam os visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.

No cookies to display.

Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados ​​e ainda não foram classificados em uma categoria.

No cookies to display.

Notícias

Novas perspectivas para o tratamento do câncer de pulmão: ESMO 2023 apresenta avanços promissores

Entenda o que os estudos clínicos apresentados mudam para pacientes com a doença

No Congresso Europeu de Câncer de Pulmão (ESMO) de 2023, que ocorreu em Madrid entre os dias 20 e 24 de outubro, foram revelados avanços de destaque no tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Os resultados apontam para novas abordagens no combate ao câncer de pulmão, oferecendo alternativas promissoras em relação às terapias convencionais.

O oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, destaca o impacto significativo dessas pesquisas para a oncologia. “Os resultados desses estudos têm o potencial de transformar a vida de pacientes com câncer de pulmão, oferecendo novas e eficazes opções terapêuticas”, diz.

Confira as principais inovações relacionadas ao câncer de pulmão apresentadas:

  • No estudo MARIPOSA, foram avaliados pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado que progrediram após tratamento com inibidores de EGFR (Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico). Os pesquisadores investigaram a eficácia de um tratamento inovador, Amivantamab, quando combinado com Lazertinib, em comparação com o tratamento convencional, Osimertinib. Os resultados revelaram melhorias significativas no tempo de controle da progressão da doença, taxas de resposta superiores e uma tendência positiva em relação à sobrevivência para os pacientes que receberam essa nova combinação de tratamento. Além disso, a segurança desse novo tratamento foi considerada satisfatória, com efeitos colaterais semelhantes aos tratamentos convencionais. Esses resultados estabelecem a combinação de Amivantamab e Lazertinib como uma nova opção de tratamento para pacientes com esse subtipo específico de câncer de pulmão.

 

  • No MARIPOSA-2, foi investigada a eficácia do Amivantamab em combinação com quimioterapia, e, em alguns casos, com o medicamento Lazertinib, comparativamente à quimioterapia padrão. Os resultados demonstraram que tanto a combinação de Amivantamab com quimioterapia quanto a associação com Lazertinib foram significativamente superiores à utilização exclusiva da quimioterapia. Os pacientes que receberam essas combinações experimentaram melhorias no período em que a doença não progrediu, obtiveram taxas de resposta mais favoráveis e, em algumas situações, apresentaram um controle mais eficaz das metástases cerebrais.

 

Os efeitos colaterais mais comuns associados a essas novas combinações estavam relacionados a questões sanguíneas e às mutações EGFR, porém, de maneira geral, a segurança do tratamento foi considerada aceitável. Essa pesquisa estabelece a combinação de Amivantamab com quimioterapia como uma nova opção de tratamento para pacientes com esse tipo específico de câncer de pulmão que tenham experimentado progressão após tratamentos anteriores. Esse avanço é de significativa importância no contexto do tratamento dessa forma particular de câncer.

 

  • No estudo PAPILLON, o medicamento Amivantamab foi testado em combinação com quimioterapia, comparado ao uso da quimioterapia isoladamente em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação EGFR Exon 20 insertion, que sofreram uma recaída da doença. Os resultados destacaram que a combinação entre Amivantamab e quimioterapia superou significativamente o uso exclusivo de quimioterapia. Além disso, a segurança desse novo tratamento foi considerada satisfatória, sem a ocorrência de efeitos adversos inesperados. Essa pesquisa estabelece a combinação de Amivantamab com quimioterapia como a nova abordagem padrão para o tratamento de pacientes com esse tipo de câncer de pulmão.

 

  • Pacientes que se submeteram à cirurgia para a remoção de câncer de pulmão de células não pequenas com alteração no gene ALK+ ((quinase do linfoma anaplásico) eram anteriormente tratados com quimioterapia como padrão após a cirurgia, no entanto, essa abordagem tinha suas limitações em termos de benefícios. O estudo ALINA inovou ao testar o Alectinib como alternativa de tratamento, e os pacientes que receberam este medicamento após a cirurgia apresentaram maior probabilidade de não ter uma recorrência da doença, além de haver eficácia na prevenção de metástases cerebrais. Embora os resultados completos de sobrevivência geral ainda não estejam plenamente disponíveis, os dados preliminares são promissores.

 

  • No estudo DeLLphi-301, foi testado um novo tratamento para pacientes com câncer de pulmão de pequenas células que haviam sido tratados anteriormente e tiveram uma recaída da doença. O novo tratamento é chamado de Tarlatamab e funciona estimulando o sistema imunológico do corpo para combater as células de câncer. Os resultados mostraram que o Tarlatamab teve uma eficácia impressionante. Cerca de 40% dos pacientes que receberam uma dose mais baixa do medicamento tiveram uma resposta positiva ao tratamento. Além disso, a duração da resposta foi considerável, com mais da metade sendo mantida após 6 meses. Em geral, o tratamento foi bem tolerado, e os pacientes não relataram efeitos colaterais graves.

 

  • No estudo clínico denominado TROPION-Lung01, foi conduzida uma avaliação de um novo tratamento conhecido como Dato-DXd em comparação com o tratamento padrão, que envolve o uso de docetaxel, em pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio avançado ou metastático e que já haviam passado por tratamentos prévios. Os resultados revelaram que o Dato-DXd apresentou melhorias significativas no período em que a doença não avançou, em comparação com o docetaxel. Além disso, uma maior porcentagem de pacientes submetidos ao tratamento com Dato-DXd exibiu respostas positivas ao tratamento, as quais mantiveram-se por períodos mais prolongados. Este estudo continua sendo monitorado para avaliar os resultados de sobrevivência global. Em resumo, o Dato-DXd demonstra ser uma possível nova opção de tratamento para pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado que não obtiveram sucesso com tratamentos anteriores.

 

Esses estudos clínicos, apresentados no ESMO Congress 2023, abrem portas para novas estratégias terapêuticas, promovendo uma maior eficácia e qualidade de vida para pacientes com câncer de pulmão. “O progresso contínuo na pesquisa oncológica reflete a dedicação dos profissionais de saúde em busca de melhores tratamentos e resultados para aqueles que enfrentam essa doença desafiadora”, conclui Carlos Gil.

 

Sobre Dr. Carlos Gil Ferreira

 

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental – Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). Desde 2018 é Presidente do Instituto Oncoclínicas e Diretor Científico do Grupo Oncoclínicas. No âmbito nacional e internacional foi Membro Titular da Comissão Científica (CCVISA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No âmbito internacional é membro do Board, Career Development and Fellowship Committee e do Bylaws Committee da International Association for the Research and Treatment of Lung Cancer (IALSC);Diretor no Brasil da International Network for Cancer Treatment and Research (INCTR); Membro do Board da Americas Health Foundation (AHF). Editor do Livro Oncologia Molecular (ganhador do Prêmio Jabuti em 2005) e Editor Geral da Série Câncer da Editora Atheneu. Já publicou mais de 120 artigos em revistas internacionais. Em 2020, recebeu o Partners in Progress Award da American Society of Clinical Oncology. Presidente Eleito da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica para o período 2023-2025.

@2020 – Todos os Diretors Reservados,  Newslab. por Fcdesign