Miastenia gravis (miastenia gravis pseudoparalítica, MG) é uma doença autoimune generalizada caracterizada pela ruptura nas placas terminais motoras dos músculos estriados com prejuízo no sinal de transmissão neuromuscular.
O quadro clínico é caracterizado por fraqueza de um ou vários músculos esqueléticos que podem ocorrer durante períodos de atividade, mas também em períodos de descanso e sem uma razão particular, simetricamente ou assimetricamente e com mudança de gravidade. Em torno de 50% dos casos, MG primeiro se manifesta nos olhos, pálpebras e/ou músculos externos do olho (ptosis), porém outros grupos musculares podem ser afetados na fase inicial da doença.
No mundo todo, a prevalência de MG é entre 100 e 700 casos por 1 milhão habitantes. A MG ocorre mais frequentemente em mulheres do que em homens (razão 3:2) e pode se manifestar em qualquer fase da vida com dois picos, sendo que na mulher o primeiro pico ocorre entre a segunda e a terceira década, e no homem entre a sexta e oitava década.
Na MG, autoanticorpos contra acetilcolina das placas motoras causam uma disfunção da transmissão de dados neuromuscular, levando a uma fraqueza dos músculos vitais, podendo ser fatal. Se for diagnosticado em fase inicial, o tratamento é possível.
Vários testes sorológicos estão disponíveis para o diagnóstico de miastenia gravis. Inicialmente, um teste inibidor da acetilcolina pode ser realizado. Se o resultado do teste está no intervalo normal, autoanticorpos contra acetilcolina devem ser investigados, através dos testes Anti- receptores de acetilcolina ELISA e Anti-receptores de acetilcolina RIA. Esses testes são métodos altamente específicos e sensíveis e produzem o melhor e mais confiável resultado em diagnóstico para MG e para monitorar o decorrer da doença.
O ensaio de anti-repectores da acetilcolina ELISA apresenta alta sensibilidade e especicificade, contribuindo substancialmente para o sorodiagnóstico de miastenia gravis (MG), além de um essencial auxílio para o diagnóstico final de miastenia gravis.
A terapia para MG geralmente é limitada ao tratamento com imunossupressores e inibidores da acetilcolinesterase para melhorar o sinal de transmissão neuromuscular.