Diante da pandemia do novo coronavírus, o diagnóstico diferencial é imprescindível. Muitos médicos ainda desconhecem os testes e, por isso, a população não faz o exame.
Os testes moleculares são imprescindíveis para identificação de doenças respiratórias e diagnóstico diferencial da COVID-19. Com resultado rápido, em torno de 24 horas, os exames são úteis na avaliação de pacientes com doença respiratória infecciosa grave.
O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) que ficam sem diagnóstico definido é preocupante. Os casos de SRAG sem etiologia definida aumentaram consideravelmente em todo país. Boletins epidemiológicos das secretarias de saúde dos Estados mostram que, no mês de maio de 2019, houve 9.400 casos de SRAG não especificados no Brasil, enquanto no mesmo período de 2020 foram 57.270 casos. O Estado de São Paulo teve a maior elevação: foram 25.299 casos em 2020 e 3.103 no ano anterior.
No contexto da pandemia da COVID-19, o Ministério da Saúde preconiza a realização de painéis moleculares de outros vírus respiratórios juntamente com o teste de RT-PCR para SARS-CoV-2 para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo a infectologista e assessora médica do grupo Pardini, Melissa Valentini, O diagnóstico diferencial é importante pois possibilita o início precoce de medicações especificas e também a adoção adequada de medidas de vigilância epidemiológica. É importante lembrar que essas medidas são diferentes quando estamos com paciente com quadro de influenza (gripe comum) e COVID -19 e, como os sintomas são semelhantes, o diagnóstico diferencial só poderá ser feito através de exames laboratoriais.
Os painéis moleculares respiratórios são testes de reação em cadeia da polimerase em tempo real com transcrição reversa (RT-PCR) multiplex, destinados à detecção de vírus ou vírus e bactérias, em amostras do trato respiratório superior e inferior. Os painéis moleculares permitem a detecção simultânea e rápida de múltiplos microrganismos agentes etiológicos de infecções respiratórias.
Exames de biologia molecular específicos para cada vírus ou de cultura para a identificação de muitos patógenos respiratórios incluídos nos painéis não são oferecidos por grande parte dos laboratórios clínicos no Brasil. Mas, pelo Grupo Pardini, a população pode realizar o teste por meio das 122 unidades próprias da rede em MG, GO, SP e RJ, ou através de outros seis mil laboratórios conveniados espalhados nos demais estados do país. Os quadros abaixo descrevem as características dos testes disponibilizados pelo Hermes Pardini
Exame | PAINEL MOLECULAR DE VÍRUS RESPIRATÓRIOS | PAINEL RESPIRATÓRIO FILMARRAY | |
Método | RT-PCR multiplex | RT-PCR multiplex | |
Microorganismos pesquisados | Adenovírus, Bocavírus, Coronavírus (229E, NL63, OC43), Enterovírus, Influenza A, Influenza A subtipos (H1N1, H1N1-2009, H3N2), Influenza B, Metapneumovírus, Parainfluenza 1, 2, 3 e 4, Rinovírus, Vírus respiratório sincicial A e B | Adenovírus, Coronavírus (229E, HKU1, NL63, OC43) metapneumovírus humano, influenza A subtipo (H1N1, H1N1-2009, H3N2), influenza B, parainfluenza 1, 2, 3 e 4, rinovírus/enterovírus, vírus respiratório sincicial, Bordetella pertussis, Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae | |
Amostra | – Exsudato nasofaríngeo em salina.
– Escarro. – Lavado broncoalveolar. – Aspirado traqueal. – Aspirado, lavado ou swab de nasofaringe. – Swab combinado de nasofaringe e orofaringe. |
– Lavado broncoalveolar.
– Aspirado traqueal. – Aspirado, lavado ou swab de nasofaringe. – Swab combinado de nasofaringe e orofaringe. |
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Vantagens:
– Perfil de microorganismos avaliados – Prazo de liberação: 1 dia |
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INTERPRETAÇÃO | |||
Detectado | Como alguns vírus podem ser causa de infecção assintomática ou oligossintomática, a detecção de um ou mais vírus incluídos deve ser correlacionada com a história clínica, epidemiológica e outros dados laboratoriais e radiológicos, para determinar o significado clínico do achado. | ||
Não detectado | Resultado falso-negativo no painel molecular em paciente com infecção respiratória pode ter como causas: (1) infecção causada por agentes infecciosos que não estão incluídos no painel; (2) amostra coletada precocemente ou tardiamente no curso da infecção; (3) amostra coletada e/ou conservada de maneira inadequada; (4) presença de mutação ou variação genética nas regiões alvo do teste; (5) uso de antiviral ou antibiótico, com redução da carga infecciosa a níveis abaixo do limite de detecção do teste; (6) presença de inibidores na reação de PCR na amostra. | ||
Quando recoletar | Pacientes imunossuprimidos com resultado não detectado em swab de nasofaringe e suspeita de infecção respiratória: resultado detectado pode ser obtido em amostra de lavado broncoalveolar coletado 7 dias após a primeira amostra. | ||
Sobre o Grupo Pardini
Aos 60 anos, o Pardini se situa como um dos maiores Grupos de Medicina Diagnóstica do Brasil. Além das 122 unidades próprias (75 em Minas Gerais, 5 em São Paulo, 12 no Rio de Janeiro e 30 em Goiás), lidera o mercado de Apoio Laboratorial. São mais de 6 mil clientes (laboratórios, clínicas e hospitais) em todo o país, localizados em 1.900 cidades. Toda essa estrutura permite oferecer mais de 8 mil tipos de exames e a expertise nas áreas de análises clínicas, diagnóstico por imagem, genética molecular, testes oncológicos de alta complexidade, medicina nuclear, medicina personalizada e patologia cirúrgica. O Grupo tem a maior planta produtiva de automação laboratorial da América Latina.