Alguns exames de sangue já não precisavam de jejum especial para serem realizados. Esta lista aumentou com a flexibilização do jejum para a medida do famoso colesterol e das suas frações que avaliam a quantidade de gordura no sangue.
Por décadas, a prática de ficar 12 horas sem se alimentar para colher o sangue para este exame foi rotina nos laboratórios do mundo todo, seguindo a recomendação dos pesquisadores. No entanto, essa prática começou a ser contestada na comunidade científica e ganhou força em vários países, incluindo o Brasil.
Há dois anos, as sociedades médicas brasileiras se posicionaram sobre o assunto e definiram que também não é obrigatório o jejum de 12 horas para a coleta de sangue para o exame que avalia a concentração de gordura no sangue. Apenas em algumas situações específicas, o médico que solicitou o exame pode exigir que você realize 12 horas de jejum para coleta do sangue.
Sabe-se hoje que, para grande parte da população, a coleta de sangue mesmo sem às 12 horas de jejum, permite identificar pacientes que apresentam níveis elevados de gordura, além de dar mais segurança para idosos, diabéticos e crianças, que apresentavam risco de passar mal devido ao longo período de jejum.
Somos orientados pelos nutricionistas a nos alimentar a cada 3 horas e ficamos poucos momentos do nosso dia com um jejum muito prolongado. A amostra de sangue obtida neste tempo prolongado acaba não refletindo a nossa realidade.
O ideal, para realização do exame de sangue, é que mantenhamos nossos hábitos alimentares e de atividade física e sempre informemos ao laboratório clínico todos os remédios de que fazemos uso, diária ou esporadicamente, incluindo hormônios e vitaminas.
Cabe a cada laboratório determinar, em seus procedimentos, o tempo de jejum necessário para cada um dos exames de sangue a serem realizados, colocando no laudo todas as informações necessárias para que o médico solicitante possa interpretar corretamente os resultados.