Um estudo recente publicado no livro Perspectivas Integradas em Saúde, Bem-Estar e Qualidade de Vida, pela Editora Atena, é desvendada a profunda conexão entre indivíduos de alto quociente de inteligência (QI) e os animais. Liderado pelo PhD em Neurociências especialista em genômica Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, com a participação da Neuropsicóloga Dra. Vanessa Schmitz Bulcão, o trabalho combina neurociência, genética e comportamento para entender como empatia, curiosidade científica e sensibilidade ética moldam essa relação.
O Papel da Neurociência na Empatia e Curiosidade
A pesquisa destaca que pessoas com alto QI apresentam maior atividade em áreas cerebrais ligadas à regulação emocional e empatia, como o córtex pré-frontal e a ínsula. Esses indivíduos também demonstram maior produção de neurotransmissores como serotonina e oxitocina, conhecidos por fomentar vínculos emocionais e comportamentos sociais positivos.
A curiosidade científica, outro traço marcante, é impulsionada pelo córtex pré-frontal dorsolateral, responsável pelo planejamento e comportamento exploratório. Essa característica leva indivíduos de alto QI a investigar padrões comportamentais e cognitivos de diversas espécies animais, promovendo respeito e entendimento das suas capacidades.
Descobertas e Sensibilidade Ética
Os autores revelam que variantes genéticas, como DRD2 e OXTR, contribuem para uma sensibilidade emocional elevada em pessoas de alto QI. Essa predisposição genética, combinada com fatores neurobiológicos, sustenta um senso ético rigoroso em relação ao tratamento e preservação dos animais.
Essa postura se reflete em uma oposição à domesticação de animais selvagens e em uma preferência por interações autênticas, baseadas no respeito às necessidades naturais dos animais. Os pesquisadores destacam a importância de ambientes enriquecidos para que os animais possam expressar comportamentos naturais, promovendo seu bem-estar e preservação.
Implicações Práticas e Futuras Pesquisas
A compreensão das interações entre indivíduos de alto QI e os animais não apenas enriquece o conhecimento sobre o comportamento humano, mas também propõe práticas éticas no manejo e conservação das espécies. Segundo o estudo, estratégias baseadas nesse entendimento podem ser fundamentais para criar uma convivência mais harmônica e sustentável entre humanos e animais.
Sobre os Autores
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é Pós-PhD em Neurociências, licenciado em Biologia, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Royal Society of Biology no Reino Unido, além de diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito. Vanessa Schmitz Bulcão contribuiu com análises no campo da psicologia e neurociência comportamental.
Referência
Rodrigues, F. de A. A., & Bulcão, V. S. (2024). A relação entre pessoas de alto QI e animais: Uma visão empática e científica. In Perspectivas Integradas em Saúde, Bem-Estar e Qualidade de Vida. DOI: 10.22533/at.ed.9371912402129.
Estudo Explora a Relação Entre Indivíduos de Alto QI e Animais Sob Perspectiva Científica e Ética
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