Muitas mulheres sonham com a possibilidade de serem mães, entretanto nem sempre é possível a realização deste sonho pelas vias naturais. Assim, muitas mulheres acabam buscando outros caminhos, como a adoção ou a fertilização in vitro. Entretanto, todos esses caminhos, associados à chegada das mulheres ao mercado de trabalho e compondo cada vez mais este setor, acabam postergando o sonho da maternidade.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) ao detectar um aumento do grupo de mães de 30 a 39 anos – de 22,5%, em 2005, para 30,8% em 2015. Isso tem acontecido logo após a medicina confirmar que esse sonho pode ser concretizado através de processos embrionários, como a fertilização in vitro.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número de embriões humanos congelados produzidos pelas técnicas de fertilização in vitro aumentou cerca de 17% em 2017 em relação a 2016 no Brasil. As mulheres acima dos 35 anos são as que mais recorrem ao processo. Elas são o público-alvo da Triagem Genética Pré-Implantação, ou PGT-A, exame que amplia as chances da fertilização in vitro ser bem-sucedida.
A Triagem Genética Pré-Implantação, ou PGT-A é um exame altamente recomendado principalmente para mulheres acima dos 35 anos, que já sofreram abortos espontâneos no estágio inicial da gravidez, que não tiveram êxito em outras fertilizações, que tiveram casos de anomalias em gestações anteriores ou casais que apresentam infertilidade pelo fator masculino (parceiro infértil).
A metodologia do PGT-A é baseada na análise do material genético do embrião antes de ser transferido ao útero, permitindo a escolha do que está livre de alteração cromossômica.
“Quando um embrião apresenta um ou mais cromossomos extras ou ausentes, essa condição é conhecida como aneuploidia. A maioria dos embriões aneuploides está associada a complicações importantes, como falha de implantação no útero, abortos espontâneos e defeitos congênitos. A aneuploidia ocorre em todas as faixas etárias, mas, em mulheres a partir dos 35 anos, a proporção de embriões aneuploides aumenta progressivamente”, explica o médico e responsável técnico da Genomika, Dr. João Bosco.
O especialista explica que o teste usa um moderno método de sequenciamento de nova geração (NGS) de DNA, que permite a análise dos 24 cromossomos de forma bastante precisa, detectando ganhos ou perdas de material cromossômico. Ele é usado como etapa complementar da fertilização in vitro. O resultado do PGT-A sai em até sete dias corridos. Com o laudo em mãos, médico e paciente passam a saber detalhes sobre os embriões e quais deles devem ser transferidos.
Por ser um procedimento que pode ter um alto custo, os exames diagnósticos que possibilitam investigar a existência ou não de qualquer problema no caminho desde a fertilização até a implantação dos óvulos fertilizados, é de extrema importância, para garantir que a maternidade seja uma celebração desde o início.
Feliz dia das mães para todas!