Pacientes com o sistema imunológico debilitado, como aqueles em tratamento prolongado com imunossupressores (incluindo corticosteroides em altas doses), transplantados, com histórico recente de quimioterapia ou com imunodeficiências primárias, estão mais suscetíveis a infecções graves. Essa vulnerabilidade é intensificada pelo aumento da agressividade e duração dos tratamentos contra o câncer, pelo maior número de transplantes e pela introdução de novos medicamentos para doenças autoimunes e autoinflamatórias, os quais podem comprometer ainda mais a resposta imune.
Os riscos de infecção vs tempo
Após um mês até 6 meses em média é quando as infecções típicas em hospedeiros imunocomprometidos são mais comuns. Nesse intervalo, a profundidade da imunossupressão atinge seu pico e pode ser agravada pela presença de infecções por vírus imunomoduladores. O citomegalovírus (CMV), em particular, é um fator chave e pode induzir uma imunossupressão adicional através de vários mecanismos. Outros vírus da família herpes, como Epstein-Barr (EBV), herpes vírus humanos (HHV-6, HHV-7), além do vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e da imunodeficiência humana (HIV), se presentes, também exercem efeito imunomodulador.
Após mais de 6 meses, a suscetibilidade a infecções depende da funcionalidade do aloenxerto e da presença de infecções crônicas ou progressivas por CMV, EBV ou pelos vírus, como da hepatite B e C. Pacientes com infecções crônicas por vírus imunomoduladores permanecem em risco significativo para infecções secundárias e malignidades associadas aos vírus.
Vírus oportunistas e suas complicações em pacientes imunocomprometidos
Adenovírus
Os adenovírus são especialmente relevantes em pacientes com respostas imunológicas severamente comprometidas, onde a infecção viral está ligada a altas taxas de morbidade e mortalidade. Em receptores de transplante de órgãos sólidos, as infecções por adenovírus podem não apresentar sintomas, mas também podem se manifestar de forma prolongada e severa, influenciando negativamente a morbidade, resultando na perda do enxerto e aumentando a mortalidade. Essas infecções podem ser adquiridas de novo ou resultar da reativação de um vírus latente no receptor ou no órgão transplantado.
Herpes vírus
Em pacientes imunocomprometidos, o vírus Herpes simplex (HSV) pode ser mais persistente e causar lesões atípicas tanto na doença primária quanto na reativação. As formas mais graves da doença por HSV incluem doença mucocutânea ou visceral disseminada, esofagite, hepatite e pneumonite, qual é descrita em receptores de todos os tipos de órgãos, mas é mais comum em receptores de transplante coração-pulmão.
O vírus HHV-6 desempenha um papel extenso nas doenças do sistema nervoso central e em indivíduos imunocomprometidos, incluindo receptores de transplantes. Em receptores de transplante, os sintomas geralmente incluem febre, doença do enxerto contra hospedeiro, sintomas de rejeição do enxerto, pneumonite intersticial, mielite e erupção cutânea.
O citomegalovírus (CMV), continua a ser uma das infecções oportunistas mais comuns em receptores de transplantes de órgãos. Nestes pacientes, a infecção está associada a taxas aumentadas de morbidade e mortalidade. Pode levar à síndrome de febre e mielossupressão, além de doença tecidual invasiva, onde o trato gastrointestinal é mais atingido.
Varicella-zoster (VZV)
O desenvolvimento do herpes zoster (HZ) é uma complicação desafiadora em receptores de transplantes. O HZ normalmente ocorre 6 meses após o transplante, com a maioria dos casos se desenvolvendo tardiamente. A incidência de HZ é de aproximadamente 8% a 11% após o transplante, significativamente maior do que em pacientes imunocompetentes. Nestes, pode ocorrer o desenvolvimento de neuralgia pós-herpética, a qual pode ser muito debilitante.
Epstein-Barr (EBV)
As manifestações clínicas das infecções por EBV são variadas e podem incluir síndrome clássica de mononucleose infecciosa, hepatite, adenopatia e organomegalia. O vírus, possui também potencial neoplásico, o qual pode ser exacerbado em pacientes imunocomprometidos, onde a manifestação mais importante é o distúrbio linfoproliferativo pós-transplante (PTLD), uma complicação de pacientes transplantados de órgãos sólidos e de células-tronco hematológicas.
Vírus BK e JC
A infecção sintomática destes vírus no adulto ocorre no contexto de reativação viral em pacientes imunocomprometidos, anteriormente latente, causando danos em órgãos-alvo e na função imunológica.
O vírus BK está associado ao desenvolvimento de nefropatia, cuja prevalência está entre 1 e 10% em pacientes transplantados renais. Ainda, é conhecido por estar associado a uma variedade de complicações em hospedeiros imunocomprometidos, incluindo cistite hemorrágica e nefropatia associada ao vírus BK (BKVAN), e menos comumente: pneumonite, retinite, doença hepática e meningoencefalite.
Quanto ao vírus JC, sua infecção está relacionada à um processo patológico chamado leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), o qual ocorre em hospedeiros imunocomprometidos. Este processo envolve progressiva desmielinização da substância branca com sintomas de problemas cognitivos deterioração, anomalias da marcha e coordenação, membros paresia e atividade convulsiva.
Os kits AltoStar: monitoramento de vírus em pacientes imunocomprometidos
A infecção por vírus em pacientes imunocomprometidos representa um desafio significativo para a saúde pública. A complexidade do sistema imunológico desses pacientes exige ferramentas de diagnóstico precisas e eficientes. Os kits de PCR AltoStar® para imunocomprometidos da altona Diagnostics emergem como uma solução inovadora, oferecendo alta sensibilidade e especificidade na detecção de uma ampla gama de vírus.
O diagnóstico precoce de uma infecção viral evita complicações graves e otimiza o tratamento de um paciente transplantado. Com os kits AltoStar®, é possível facilitar o monitoramento viral, permitindo aos profissionais de sáude a tomada de decisões mais assertivas e, aos pacientes, ter uma melhor qualidade de vida.
Os kits AltoStar® da altona Diagnostics oferece uma linha completa para monitoramento de pacientes imunocomprometidos:
A linha AltoStar® ainda conta com kits para detecção de patógenos relacionados à doenças tropicais, respiratórias, HIV e hepatites.
A altona diagnostics conta ainda com as linhas RealStar e FlexStar
Os reagentes RealStar® são projetados para quantificação/detecção qualitativa e/ou diferenciação de RNA/DNA específico de patógenos em matriz/matrizes humanas por PCR em tempo real. Um sistema de amplificação heteróloga (controle interno) está incluído para identificar possíveis inibições da PCR.
Esta linha contempla patógenos relacionados à infecções transmitidas pelo sangue, doenças tropicais, gastrointestinais, respiratórias, sexualmente transmissíveis e de importância em pacientes transplantados e imunocomprometidos. Veja a lista completa em https://altona-diagnostics.com/reagents/realstar/.
Os produtos FlexStar® são ensaios de PCR prontos para uso e combináveis para a detecção rápida e paralela de e alvos virais e bacterianos. Os ensaios podem ser usados com os cicladores de PCR em tempo real comuns, bem como com o fluxo de trabalho automatizado AltoStar®.
Há um perfil de temperatura de PCR para todos os mixes de detecção do FlexStar® com corrida de PCR em apenas 1 hora (96 resultados). Seus reagentes são universais: um único mix de amplificação para combinar com diferentes mixes de detecção. Produtos RUO (research use only). Lista completa de kits em https://altona-diagnostics.com/reagents/flexstar/)
Temos a flexibilidade necessária para a combinação de diferentes testes em sua rotina laboratorial, visando otimizar seus processos e oferecer um diagnóstico preciso e rápido.
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vendas-brasil@altona-diagnostics.com
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e-mail: vendas.brasil@altona-diagnostics.com
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– Os kits são desenhados para o uso na plataforma
automatizada para diagnóstico molecular AltoStar® AM16;
-O fluxo de trabalho permite o processamento paralelo
de vários tipos de amostras, usando um único kit de purificação;
-Detecção e quantificação simultâneas
de diferentes vírus relevantes em uma única execução.