De acordo com um estudo publicado on-line em 7 de janeiro no periódico Annals of Internal Medicine, até concentrações muito baixas de troponina cardíaca I de alta sensibilidade (hs-cTnI) não conseguem descartar, com segurança, uma isquemia miocárdica induzível em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) sintomática.
Dra. Joan Walter, Ph.D., do Hospital Universitário de Basileia, na Suíça, e colegas mediram as concentrações circulantes de hs-cTn em 1.896 pacientes consecutivos com DAC, encaminhados com sintomas possivelmente relacionados a uma isquemia miocárdica induzível. Os provedores estavam em caráter cego para os resultados dos testes usados para avaliar a presença de isquemia miocárdica induzível, incluindo exames de imagem de perfusão miocárdica com tomografia computadorizada de emissão de fóton único e, quando disponível, medições por angiografia coronária e por reserva de fluxo fracionada.
Os pesquisadores observaram que 46% dos pacientes tinham isquemia miocárdica induzível. Um valor de corte de 2,5 ng/l para hs-cTnI forneceu um valor preditivo negativo (VPN) de 70% e uma sensibilidade de 90% para a exclusão de isquemia miocárdica induzível. Não houve valor de corte para hs‑cTnI que atingisse ambas as metas características predefinidas de desempenho. Com ensaios alternativos (hs‑cTnI ou hs‑cTnT), não houve valor de corte que atingisse o desempenho alvo: concentrações de hs‑cTnT <5 ng/l produziram um VPN de 66% e as concentrações de hs‑cTnI <2 ng/L produziram um VPN de 68%.
“Em conclusão, em pacientes sintomáticos com DAC, concentrações muito baixas de hs‑cTn, incluindo concentrações de hs‑cTnI‑Architect abaixo de 2,5 ng/l, geralmente não permitem que os usuários excluam com segurança uma isquemia miocárdica induzível”, escreveram os autores.
Vários autores relatam vínculos financeiros com a Abbott, Roche, Schiller e Singulex, todos os quais forneceram financiamento para o estudo.
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Com informações de Manual MSD.