Infecções urinárias em pacientes ambulatoriais: prevalência e perfil de resistência aos antimicrobianos
Autores:
Geraldo Edson Souza Guerra Júnior – Biomédico, Mestre em Cuidado Primário em Saúde, Colaborador do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMOC) e Biomédico do Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP)
Ane Caroline Texeira de Freitas – Farmacêutica, Colaboradora do Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP)
Kelma Dayana de Oliveira Silva Guerra – Médica Anestesiologista, Mestranda em Cuidado Primário em Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
Daniela Araujo Veloso Popoff – Dentista, Pós-doutora em mal formações e Sindromes com envolvimento Orofacial, Professora Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMOC) e da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
Carlos Eduardo Mendes D’Angelis – Biomédico, Doutor em Ciências Farmacêuticas, Professor Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMOC) e da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
Introdução:
A infecção do trato urinário (ITU) é a causa mais comum de infecções comunitárias e causa importante de infecções relacionadas à assistência em saúde, o que gera grande impacto para a saúde pública e alto custo para as instituições hospitalares (CARNEIRO, FERREIRA, GARCIA; 2018), no Brasil, as ITUs são consideradas as mais comuns das infecções bacterianas, responsáveis por 80 em cada 1.000 consultas clínicas (SANTANA et. al.,2012).
As ITUs ocorrem em homens e mulheres das mais variadas idades, porem os grupos mais frequentemente acometidos são recém-nascidos do sexo masculino, homens com obstrução prostática, idosos de ambos os sexos e, em especial, mulheres jovens sexualmente ativas (BRAOIOS et.al., 2009). A ITU pode ser definida como a presença de microorganismos patogênicos em qualquer parte do trato urinário alto e/ou baixo, gerando uma resposta imunológica do urotélio (OLIVEIRA, SOUTO; 2018). Principais sintomas clínicos podem ser destacados a polaciúria, disúria, dor lombar, urgência miccional, febre, alteração de cor e odor da urina (OLIVEIRA, SOUTO; 2018).
Casuísticas europeias consideram a ITU como a segunda causa mais comum de indicação de tratamento antimicrobiano empírico na atenção primária e, em um estudo realizado no sul do Brasil, essa condição foi responsável por 13,3% das prescrições de antibióticos, número menor apenas que o das infecções das vias aéreas superiores e amigdalites (ALVES, EDELWEISS, BOTELHO; 2016). A escolha empírica de um fármaco adequado para o combate das ITUs é sempre uma importante e difícil iniciativa médica.Atualmente, é sabido que os agentes causadores de infecção urinária desenvolvem resistência aos antimicrobianos comumente utilizados, portanto, o seu uso indiscriminado favorece o aumento do número de cepas resistentes (FREITAS et.al., 2016).
O perfil de resistência bacteriana local contribui na escolha dos antimicrobianos, considerando a eficácia clínica ante um determinado grupo de bactérias, a prevalência de resistência local e os custos. Estas avaliações têm sido úteis no controle de infecção tanto comunitária como hospitalar. Entretanto, estudos não recomendam a utilização de um determinado fármaco na terapia empírica quando a sua taxa de resistência local for superior a 20% (ELIAS, RIBEIRO; 2017).
A resistência bacteriana aos antibióticos pode ser considerada uma manifestação natural devido ao processo evolutivo da adaptação genética de organismos que se alteram no seu próprio meio ambiente (ELIAS, RIBEIRO; 2017), estudos periódicos, avaliando a prevalência dos uropatógenos, em uma determinada região, provêm informações importantes e precisas para orientação de terapia empírica adequada e direcionada a estes pacientes (FREITAS et.al., 2016).
Neste estudo, investigarmos os dados laboratoriais referente ao perfil dos agentes causadores de ITUs com relação a idade, sexo, correlacionando-os a prova de nitrito, avaliando o perfil de sensibilidade antimicrobianain vitro dos principais patogenos isolados dos pacientes atendidos laboratório de uma clinica escola da cidade de Montes Claros/ MG.
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