Arbovírus são vírus que apresentam parte do seu ciclo de replicação em insetos vetores, principalmente mosquitos e, são transmitidos aos seres humanos e animais através da picada de mosquitos (artrópodes hematófagos), causando doenças conhecidas como arboviroses.
Os principais arbovírus emergentes no Brasil são: Dengue vírus, Zika vírus, Chikungunya Vírus e Mayaro vírus, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti
O Brasil é país tropical de grande extensão territorial (8.514.215km²) e mais de 1/3 deste território é recoberto por florestas tropicais ou outros ecossistemas naturais, sendo um local adequado para a existência do vetor e, portanto, para a ocorrência de arboviroses. Além disso, fatores como alterações no ecossistema pela ação humana, crescimento populacional desordenado, processo de globalização e mudanças climáticas podem, provavelmente, contribuir para o aumento expressivo de doenças transmitidas por mosquitos vetores, em especial, as arboviroses.
Apesar de se tratar de infecções distintas, os sintomas dessas arboviroses são muito semelhantes, porém com diferentes intensidades. De forma geral, são caracterizadas por febre alta e dores de cabeça, sendo essa última mais intensa na Dengue e dor nas articulações sendo mais intensa em infecção por Chikungunya.
Conforme dados do Ministério da Saúde, é possível observar altas taxas de incidência para as arboviroses no país, principalmente nas regiões nordeste, centro-oeste e sul.
Tendo em vista que no Brasil temos a circulação simultânea dessas arboviroses, inclusive Mayaro vírus, o diagnóstico assertivo é fundamental para a detecção e diferenciação da doença, principalmente por apresentarem sintomas similares, de modo a contribuir para um direcionamento adequado para o tratamento da doença.
Testes sorológicos, baseados na técnica de ELISA para determinação de anticorpos IgM e IgG possibilitam identificar o patógeno causador da infecção, através da utilização de antígenos vírus-específicos.
A presença de anticorpos específico IgM indica uma infecção aguda, enquanto a presença de anticorpos IgG indica infecção passada para o vírus em questão, sendo também relevante para estudos epidemiológicos.
No caso da Dengue, além de determinação de anticorpos (IgA, IgM e IgG) é possível também a identificação sorológica do antígeno altamente específico NS1 do vírus da Dengue, sendo possível no início dos sintomas clínicos, não somente na infecção primária, mas também em secundárias. Portanto, a determinação desses antígenos é um instrumento importante para a detecção de infecções agudas de dengue, sendo recomenda a investigação dos anticorpos específicos em paralelo.
Para realização dos testes pelo método de ELISA, podem ser utilizadas amostras de soro, plasma ou papel filtro.
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Referências Bibliográficas
- Martins MM, Barbosa AP, Cunha AJ. Arboviroses na Infância, 2020
- Figueiredo LTM. Arboviroses emergentes no Brasil, 2007
- Lopes N, Nozama C, Linhares REC. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus emergentes no Brasil, 2014
- Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Boletim Epidemiológico Monitoramento dos casos de Arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes (dengue, Chikungunya e Zika), semanas Epidemiológicas 1 a 23, 2020.