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Notícias

Alterações no metabolismo de gorduras podem ser chave para entender e tratar doença da retina

Em testes com animais, cientistas detectaram alterações no metabolismo de lipídeos ligadas à retinopatia induzida por oxigênio, que pode causar deficiência visual e cegueira em bebês prematuros

A partir de um modelo experimental de camundongos com retinopatia induzida por oxigênio, pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da USP identificaram pela primeira vez importantes alterações no metabolismo de gorduras associadas a esta doença — que pode causar deficiência visual e até cegueira, especialmente em recém-nascidos prematuros. Os achados podem ajudar a elucidar alguns mecanismos presentes também em outras condições relacionadas ao crescimento desordenado de vasos sanguíneos, como ocorre no câncer, na endometriose e na retinopatia diabética, por exemplo.

No estudo, foram detectadas, quantificadas e comparadas 300 espécies de lipídeos, tanto na condição fisiológica, de normalidade, quanto na patológica, de doença. Elas foram classificadas em cinco diferentes categorias: esfingolipídios, glicerofosfolipídios, lipídios neutros, ácidos graxos livres e coenzima Q. Houve remodelamento lipídico em 227 destas espécies — o que representa 92% do total analisado.

Segundo Alex Inague e Lilian Alecrim, que compartilham a primeira autoria do artigo Oxygen-induced pathological angiogenesis promotes intense lipid synthesis and remodeling in the retina, uma das principais observações realizadas pelo grupo está relacionada à substituição de ácidos graxos superlongos na retina doente. Em condições fisiológicas, a retina precisa de gorduras do tipo ômega-3 e ômega-6 — obtidas a partir da alimentação — para se manter saudável, já que elas são importantes substratos para a reposição de membrana das células da retina sensíveis à luz, os fotorreceptores. A retinopatia, no entanto, é caracterizada pela falta destes ácidos graxos essenciais. Assim, a retina afetada utiliza como substitutos “improvisados” os ácidos graxos do tipo ômega-9 — como o mead acid, que é encontrado em quantidades significativamente elevadas em diferentes fases da doença.

Infográfico traduzido do artigo

Para detectar os principais compostos alterados na condição patológica, os autores compararam o conjunto de lipídeos (lipidoma) e o conjunto de RNAs transcritos (transcriptoma) de camundongos saudáveis e doentes em variados estágios da retinopatia. O objetivo era demonstrar não apenas quais espécies lipídicas estavam diminuídas ou aumentadas, mas também as vias metabólicas, isto é, as reações químicas para produção de energia ou novos componentes celulares, envolvidas em cada um dos casos observados.

Dessa forma, foi possível identificar biomarcadores relacionados tanto à retinopatia quanto ao processo patológico de angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) — como é o caso do ômega-9 e do mead acid. A descoberta pode contribuir para o estudo tanto de novos métodos de diagnóstico quanto de abordagens terapêuticas inovadoras para a retinopatia e outras doenças da retina dependentes da angiogênese patológica.

 

Matéria – Jornal USP – Texto: Assessoria de Comunicação do IQ – Arte: Gabriela Varão

Vasos sanguíneos na retina humana – Imagem: Mikael Häggström/Wikimedia Commons

 

Mais informações: e-mails giordano@iq.usp.br, miyamoto@iq.usp.br

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