Os resultados serão apresentados durante o 23° Congresso Anual da Associação Europeia de Hematologia
A AbbVie (NYSE: ABBV), companhia biofarmacêutica global dedicada à pesquisa, apresentará dados de estudos clínicos em vários tipos de câncer no sangue, que avaliam a molécula venetoclax, o primeiro medicamento da categoria de inibidores de BCL-2, como monoterapia ou em combinação com outras terapias, durante o 23o. Congresso Anual da Associação Europeia de Hematologia, que acontece de 14-17 de Junho, em Estocolmo, Suécia. No total, serão apresentados 11 trabalhos, que incluem resultados de estudos de venetoclax em leucemia linfoide crônica, leucemia mieloide aguda, mieloma múltiplo e leucemia linfoblástica aguda. Os principais trabalhos da AbbVie que serão apresentados no EHA podem ser acessados em www.ehaweb.org.
Venetoclax é desenvolvido pela AbbVie e Roche, com comercialização pela AbbVie fora dos EUA e pela AbbVie e Genentech, uma empresa do grupo Roche, nos EUA. No Brasil, venetoclax, foi submetido para avaliação da agência regulatória brasileira para o tratamento de LLC, encontra-se em análise e não está aprovado até o momento.
“A abrangência dos estudos de venetoclax que serão apresentados durante o EHA, em quatro tipos de câncer hematológicos, é um indicador do potencial deste tratamento para pacientes que vivem com câncer no sangue ao redor do mundo” 2 afirmou o médico Neil Gallagher, Ph.D. e chefe de desenvolvimento clínico em oncologia da AbbVie. “Temos o compromisso de explorar outras aplicações deste medicamento em nossos esforços em suprir necessidades médicas ainda não atendidas e desenvolver novos tratamentos que atuem nos processos principais da progressão da doença”.
Na Europa, venetoclax, um inibidor de BCL-2, tem indicação para tratamento de LLC na presença de mutação TP53 ou deleção (falha) no cromossomo 17p, em pacientes adultos não elegíveis ou que não responderam a inibidores de receptor de célula B, e para o tratamento de LLC em pacientes adultos (sem deleção 17p ou mutação TP53) que não responderam à quimioterapia e inibidor de receptor de célula B.3 Também está sendo estudado para o tratamento de pacientes com vários tipos de câncer no sangue 3,4.5.6,7 .
A proteína BCL-2, que pode estar em excesso em pacientes com LLC3, evita a apoptose de algumas células, incluindo linfócitos. A apoptose é a morte celular programada, ela acontece com a maioria das células humanas, sendo este um processo benéfico e normal. Fatores que bloqueiem a apoptose podem causar crescimento celular descontrolado. A resistência à apoptose é uma característica da maioria dos cânceres, ou seja, as células cancerosas não morrem, formando tumores e resistindo ao tratamento.
Como a proteína BCL-2, que evita a apoptose, está em excesso nos pacientes com LLC, a morte das células cancerosas é dificultada. Venetoclax age inibindo a ação da proteína BCL-2.
Para mais informação sobre as pesquisas da AbbVie em oncologia, acesse “Breaking the Rules of Science to Treat Cancer,” em www.abbvie.com.
Referências:
- Hallek M, Cheson BD, Catovsky D, et al. Guidelines for diagnosis, indications for treatment, response assessment and supportive management of chronic lymphocytic leukemia. Blood. 2018;806398.
- World Cancer Research Fund International. Worldwide data. Disponível em: http://www.wcrf.org/int/cancer-facts-figures/worldwide-data Último acesso em 17 de maio de 2018.
- Resumo das características de venetoclax na Europa
- Clinicaltrials.gov. NCT01889186: A Study of the Efficacy of ABT-199 in Subjects with Relapsed or Refractory Chronic Lymphocytic Leukemia with the 17p Deletion. Acessado em maio de 2018.
- Clinicaltrials.gov. NCT01994837: A Phase 2 Study of ABT-199 in Subjects with Acute Myelogenous Leukemia (AML). Acessado em maio de 2018
- Clinicaltrials.gov. NCT01794520: Study Evaluating ABT-199 in Subjects with Relapsed or Refractory Multiple Myeloma. Acessado em maio de 2018
- linicaltrials.gov. NCT01328626: A Phase 1 Study Evaluating the Safety and Pharmacokinetics of ABT-199 in Subjects with Relapsed or Refractory Chronic Lymphocytic Leukemia and Non-Hodgkin Lymphoma. Acessado em maio de 2018.