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FIDI ganha prêmio de inovação por case de inteligência artificial no Hospital do Mandaqui

FIDI ganha prêmio de inovação por case de inteligência artificial no Hospital do Mandaqui

Projeto inédito no Brasil que prioriza o atendimento a lesões cerebrais graves é fruto de investimentos da entidade em tecnologia e segurança na saúde pública

A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) recebeu nesta semana o prêmio de melhor case de “Qualidade Assistencial e Segurança do Paciente” no Healthcare Innovation Show 2018, evento que reúne os maiores executivos, gestores, empresários e representantes do setor da América Latina. O projeto de uso de inteligência artificial no diagnóstico por imagem é parte de uma série de investimentos realizados pela entidade nos últimos anos em novas tecnologias e processos inovadores aplicados à rede pública de saúde.

A premiação é um reconhecimento a um processo que começou em 2011, a partir da preocupação da FIDI com a segurança do paciente e com o futuro da medicina. Desde então, foram instituídas frentes de qualidade a partir de quatro comitês: Saúde da Mulher, liderado pelo Professor Jacob Szejnfeld; Protocolos e Documentos, do Professor Henrique Carrete Jr.; Ultrassonografia, do Professor Sergio Ajzen; e Revisão por Pares, do Professor Nitamar Abdala. Neste contexto, a parceria entre a FIDI e a startup israelense AIDOC, com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, concretizou no Brasil o primeiro projeto de pesquisa de inteligência artificial no diagnóstico por imagem para a rede pública.

O objetivo da ferramenta é priorizar os casos mais urgentes de lesão cerebral, em que a redução do tempo de atendimento significa menor risco de sequelas. Incorporada aos exames de tomografia de crânio realizados no Hospital do Mandaqui, a tecnologia usa um software de inteligência artificial para identificar lesões e sinalizar via sistema quais pacientes devem ter atendimento e o laudo priorizados. A expectativa é oferecer atendimento qualificado no menor tempo possível em casos de traumatismos, acidente vascular cerebral e outras situações que determinem dano cerebral e risco à vida. O software, desenvolvido pela AIDOC há dois anos, utiliza algoritmos específicos para identificar as lesões antes mesmo de o radiologista ter acesso às imagens.