Dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde até 13 de maio, indicaram que a chikungunya sofreu uma queda de 23% no número de casos quando comparado ao mesmo momento do ano passado. A presença da chikungunya foi calculada com base em casos prováveis, ou seja, todos os casos notificados menos os descartados. Entretanto, o perfil de redução dos valores não foi homogêneo no território nacional:
O caso que mais chama atenção é do Estado do Rio de Janeiro, que registrou 25.459 casos até o momento, contra 20.086 em 2018: um aumento de 26,7% no número de casos. Outros estudos também indicaram que não apenas a chikungunya cresce no Rio de Janeiro, bem como outras doenças infecciosas, como por exemplo a dengue, transmitida pelo mesmo mosquito, que registrou 1.109 casos nos dois primeiros meses de 2019, indicando um aumento de 59% em relação ao mesmo período em 2018. Outro Estados apresentaram aumentos exorbitantes, como: Distrito Federal e Alagoas, ainda que com menores número de casos notificados quando comparado ao Rio de Janeiro.
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O Estado de São Paulo também mostra incremento considerável no número de casos: o aumento foi de 550,2%, de 249 para 707 casos.
Avaliando os Estados que apresentaram quedas no número de casos notificados, tem-se o Pará, segundo estado no número de casos, observou queda de 18,8% em comparação com a semana equivalente de 2018. Foram 2.729 casos até aqui, ante 3.360 no ano passado. Minas Gerais viu uma redução ainda maior nos casos de chikungunya: de 9.625 no ano passado para 1.764 neste ano, ou queda de 81,7%.
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Até a data de fechamento da coleta de dados do Ministério haviam sido confirmadas 8 mortes no país, sendo : um caso na Bahia, seis no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal. Entretanto, 39 casos de óbito ainda seguem em investigação, sendo a maior parte no estado de Pernambuco (16 óbitos). Veja tabela completa abaixo:
Casos prováveis de chikungunya, Brasil 2019.
Estado | 2018 | 2019 | Variação % |
Rondônia | 37 | 66 | 78,38% |
Acre | 56 | 67 | 19,64% |
Amazonas | 27 | 72 | 166,67% |
Roraima | 11 | 24 | 118,18% |
Pará | 3.360 | 2.729 | -18,78% |
Amapá | 95 | 56 | -41,05% |
Tocantins | 130 | 427 | 228,46% |
Maranhão | 412 | 400 | -2,91% |
Piauí | 308 | 219 | -28,90% |
Ceará | 987 | 1.716 | 73,86% |
Rio Grande do Norte | 674 | 755 | 12,02% |
Paraíba | 403 | 394 | -2,23% |
Pernambuco | 493 | 1.612 | 226,98% |
Alagoas | 54 | 269 | 398,15% |
Sergipe | 16 | 29 | 81,25% |
Bahia | 1.688 | 749 | -55,63% |
Minas Gerais | 9.625 | 1.764 | -81,67% |
Espírito Santo | 210 | 342 | 62,86% |
Rio de Janeiro | 20.086 | 25.459 | 26,75% |
São Paulo | 249 | 1.619 | 550,20% |
Paraná | 89 | 239 | 168,54% |
Santa Catarina | 27 | 167 | 518,52% |
Rio Grande do Sul | 31 | 31 | 0,00% |
Mato Grosso do Sul | 170 | 173 | 1,76% |
Mato Grosso | 12.427 | 289 | -97,67% |
Goiás | 102 | 123 | 20,59% |
Distrito Federal | 30 | 134 | 346,67% |
Brasil | 51.797 | 39924 | -22,92% |