Tumor raro é responsável por 20% de todos os casos de câncer de pulmão¹

Os TNEs podem se desenvolver em todo o trato gastrointestinal (TNEs GI) nas seguintes áreas: intestino delgado (45%), reto (20%), apêndice (16%), cólon (11%) e estômago (7%)²

Agosto Branco é considerado o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão. Nesse contexto, torna-se essencial conhecer os Tumores Neuroendócrinos (TNEs) – um tipo raro de câncer que responde por dois em cada dez diagnósticos de câncer de pulmão no Brasil¹ e costuma atingir igualmente homens e mulheres entre 50 e 60 anos³. Os sintomas geralmente são inespecíficos e podem incluir diarreia, rubor, inchaço, dor de estômago, sibilância (chiado ao respirar) e aumento excessivo, no sangue, dos níveis de alguns hormônios, como serotonina  ou  histamina³.

Com diagnóstico desafiador e exigência de múltiplas linhas de terapia a partir da progressão da doença, os TNEs são um grupo de tumores incomuns que se desenvolvem nas células do sistema neuroendócrino, crescem lentamente e podem aparecer em várias partes do corpo. Estimativas apontam que 35 em cada 100.000 pessoas vivem atualmente com TNEs⁴.

Por apresentar sinais e sintomas abrangentes, os pacientes frequentemente acabam passando por muitos especialistas e fazem vários tipos de exame antes de conseguir o diagnóstico preciso, que pode demorar até sete anos⁵. Essa longa jornada sem a descoberta da enfermidade faz com que que os tumores se espalhem para outras áreas do corpo, contribuindo para desfechos desfavoráveis.

“O diagnóstico precoce segue sendo um desafio. Precisamos aumentar o nível de conhecimento da classe médica sobre os TNEs. É fundamental dar atenção aos sinais e sintomas, considerando localização, tamanho e estágio do tumor, além de avaliar também outros fatores, como idade e alterações moleculares do paciente. O acompanhamento multidisciplinar é essencial, porém, na prática, é algo que ocorre em menos da metade dos casos. Outro desafio com que temos de lidar são as opções de tratamento disponíveis, ainda limitadas, no enfrentamento principalmente da progressão da doença”, explica Mauro Donadio, Oncologista do Aparelho Digestivo e TNE do Grupo Oncoclínicas (SP), SBOC e GTG.

Enquanto a classe médica trabalha de maneira contínua para que conhecimento, descobertas científicas e estudos sejam traduzidos em avanços práticos e novas opções de tratamento, as associações de pacientes também realizam um trabalho constante de suporte integral ao indivíduo que enfrenta a jornada do TNE. “Acompanhando os pacientes com câncer no Brasil, especialmente os que têm um tumor raro, notamos um cenário único: a dificuldade de acesso e, em muitos casos, a falta de opções de tratamento para doenças progressivas e potencialmente graves como os Tumores Neuroendócrinos (TNE). Mais do que ter novas opções terapêuticas aprovadas no Brasil, precisamos ampliar o debate para que esses tratamentos, que realmente mudam o desfecho de muitas enfermidades, sejam incorporados e estejam disponíveis tanto na saúde suplementar quanto no SUS”, alerta Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.

O diagnóstico dos TNEs

O diagnóstico dos TNEs deve ser baseado na história clínica, nos exames físico e de imagem, e nas dosagens hormonais específicas para cada caso, dependendo da localização do tumor no organismo e das características de produção hormonal. A confirmação do diagnóstico, no entanto, deve ser feita através de biópsia. Além de assegurar o diagnóstico, os dados obtidos através da biópsia são úteis na decisão quanto ao melhor tratamento a ser escolhido6.

O tratamento dos Tumores Neuroendócrinos (TNEs)

O tratamento é definido de acordo com o estágio da doença. Nos casos iniciais, sempre que possível, a cirurgia é a melhor estratégia com capacidade de cura. Nos quadros avançados com metástases, a cura não é mais possível e, dessa forma, toda terapia empregada passa a ter como objetivo retardar o crescimento da enfermidade, aliviar os sintomas relacionados e aumentar a sobrevida do paciente. Nesses casos, a quimioterapia tradicional, os medicamentos conhecidos como análogos de somatostatina, inibidores de tirosina-quinases, terapia com materiais radioativos, radioterapia e terapias por radiologia intervencionista são opções disponíveis. A escolha do tratamento mais adequado deve ser definida caso a caso, de acordo com o perfil do paciente6.

Vivendo com TNE

Com o intuito de aumentar a conscientização sobre os Tumores Neuroendócrinos, a Ipsen – referência global em biotecnologia nas áreas de neurociência, oncologia e doenças raras – idealizou a campanha Vivendo com TNE (https://tne.vivendocom.com.br). A plataforma conta com informações úteis, e muito práticas, para o dia a dia dos pacientes, familiares e cuidadores. A campanha é uma ferramenta complementar para a vida real de quem lida com esse câncer raro, oferecendo conteúdos específicos e orientações que vão desde dietas e impacto dos TNEs na vida profissional, até depoimentos de pessoas que tiveram que se adaptar a uma nova rotina por conta do diagnóstico.

Sobre a Ipsen

A Ipsen é uma empresa biofarmacêutica global com foco em levar medicamentos transformadores aos pacientes de três áreas terapêuticas: Doenças Raras, Oncologia e Neurociência. Seu pipeline é impulsionado pela inovação externa e apoiado pelos quase 100 anos de experiência em P&D dos seus centros globais nos Estados Unidos, França e Reino Unido. Presente em mais de 40 países, suas parcerias internacionais permitem levar medicamentos a pacientes em mais de 80 países de todo o mundo. Para mais informações, visite ipsen.com/brazil

 

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Referências:

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8764574/

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7443843/

https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/04_rc44_politica.pdf

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5983100/

https://tne.vivendocom.com.br/sobre-os-tnes/aprenda-sobre-os-tneso-que-sao-tnes

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/tumor-neuroendocrino